As universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM) e do Oeste do Paraná (Unioeste) receberam conceito máximo em sete programas de pós-graduação stricto sensu. A avaliação é feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do governo federal vinculado ao Ministério da Educação (MEC), que promove e mantém a qualidade da pesquisa científica e educação brasileira. Referente ao período de 2017 a 2020, o resultado foi divulgado em setembro e reflete o padrão internacional de desempenho nos cursos de mestrado e doutorado.
A Avaliação Quadrienal da Capes abrange, nesta edição, mais de 7,5 mil cursos do Sistema Nacional de Pós-Graduação, em 49 áreas de conhecimento, a partir de critérios quantitativos e qualitativos acadêmico-científicos. Atualmente, as sete instituições estaduais paranaenses de ensino superior contam com 9 mil alunos matriculados em 187 cursos de mestrado (acadêmicos e profissionais) e 93 de doutorado.
Essa iniciativa contempla uma série de critérios e indicadores, como a qualidade da produção científica, a qualificação de professores e a inserção social dos programas de pós-graduação. Na prática, os conceitos são usados por agências de fomento no direcionamento de políticas de financiamento, inclusive com impacto na distribuição de bolsas e verbas de custeio e por estudantes na escolha pelos cursos de mestrado e doutorado.
O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, destaca que as políticas públicas conduzidas pelo Governo do Estado têm apoiado as universidades na melhoria de índices institucionais. “O resultado da avaliação da Capes evidencia o grau de maturidade acadêmica, na medida em que as universidades recebem o devido apoio para as atividades de pesquisa e sinaliza o nível de excelência internacional do nosso Sistema Estadual de Ensino Superior na formação de massa crítica para o desenvolvimento do Paraná”, afirma.
Os programas de pós-graduação são analisados por comissões formadas por consultores especialistas, com base em informações anuais públicas e transparentes, registradas pelas pró-reitorias de pós-graduação na plataforma do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Essas comissões emitem pareceres e notas (conceitos) expressos numa escala de 1 a 7. Os conceitos 7 e 6 expressam excelência constatada em nível internacional; 5 e 4 são considerados muito bom e bom; 3 é regular; e 2 e 1 implicam no descredenciamento dos cursos. Nesse caso, os diplomas deixam de ter validade nacional.
DESEMPENHO – A UEL passou a contar com cinco programas de pós-graduação considerados como cursos de excelência, dois a mais em comparação com a avaliação anterior. Três programas da instituição têm conceito 7 e dois têm nota 6. Entre os 49 programas da instituição, 16 aumentaram de conceito e 32 mantiveram as notas da avaliação anterior.
Os programas de pós-graduação em Ciência Animal e em Patologia Experimental passaram a contar com a nota máxima (7). O Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática manteve a nota 7, permanecendo como curso de referência para a área entre as universidades do País. Ao mesmo tempo, passaram a contar com o conceito 6 os programas de pós-graduação em Agronomia e em Biotecnologia. Na edição anterior, eles foram avaliados com nota 5. A UEL dispõe de outros 10 programas de pós-graduação com a nota 5, além de 29 com a nota 4 e cinco com nota 3.
Pela primeira vez, a UEM conquistou a nota 7 com o programa de pós-graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA). No geral, a avaliação revela o melhor desempenho da história da universidade e consolida a excelência na pesquisa científica e tecnológica. Entre os 56 programas de pós-graduação (44 cursos de mestrado acadêmicos, 12 cursos de mestrado profissional e 29 cursos de doutorado), 19 aumentaram a nota (34%). Outros seis programas mantiveram ou alcançaram nota 6, o que indica o padrão internacional de qualidade. A UEM soma, ainda, 16 programas com nota 5; 20 com nota 4; e 11 com nota 3.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) tem oito programas com conceito 5, 13 com nota 4, que equivale a um bom desempenho, e quatro programas com nota 3, indicador satisfatório de qualidade. Já entre os 33 programas ofertados pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), 16 ampliaram o conceito e a mesma quantidade manteve a nota do quadriênio anterior. Nesse contexto, 11 programas estão com conceito 5 e um foi elevado para nota 6.
As universidades estaduais do Centro-Oeste (Unicentro) e do Paraná (Unespar) obtiveram conceito 5 em um programa cada. A Unicentro ampliou a nota para 4 em cinco programas, a Unespar em três programas e a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) obteve conceito 4 em quatro programas.
FONTE: Agência Estadual de Notícias