São Pedro e São Paulo…
“Quem é Jesus pra você?
ALELUIA, ALELUIA, TU ÉS PEDRO ALELUIA!
Quando olhamos a figura de Pedro e de Paulo, verificamos as suas fraquezas e também as suas forças. Pedro é um homem sério, simples, espontâneo, chegando a ser impulsivo. Pagará caro por seus ímpetos de presunção: sua fragilidade o levará a negar o Mestre. Mas tem a humildade, soube arrepender-se. Paulo, é um homem instruído, tende ao fanatismo, exagera até na fidelidade às suas ideias, mas é também honesto e humilde. De perseguidor dos cristãos se torna anunciador, também passa por um processo de conversão.
Os dois apóstolos sofrem como Cristo, a sua Páscoa. Pedro está preso, “era o dia dos Pães ázimos”. Os detalhes são parecidos com os de Jesus. Paulo diz: “Quanto a mim estou para ser derramado em sacrifício”.
São Pedro, o primeiro dos apóstolos, que amava Cristo ardentemente, mereceu escutar: “Por isso eu te digo que tu és Pedro (Mt 16,19). Antes ele havia dito: “Tu és o Messias o Filho do Deus vivo (Mt 16,16). E Cristo retorquiu: “Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra construirei minha Igreja (Mt 16,18).
A vida de Paulo foi, desde o seu encontro com Cristo ressuscitado na estrada de Damasco, uma resposta generosa ao chamamento e um compromisso total com o evangelho. Por Cristo e pelo evangelho, Paulo lutou, sofreu, gastou e desgastou a sua vida, num dom total, para que a salvação de Deus chegasse a todos os povos da terra. É um atleta que competiu até o final e agora se dispõe
a receber o coroa do prêmio. Mas nessa competição não é coroado apenas um, e sim todos os que correm com esperança invencível. O “Justo juiz” é o árbitro da competição: é o Senhor no dia da sua vinda gloriosa.
Nos três evangelhos sinóticos aparece como importante baliza no caminho de Jesus a sua pergunta aos discípulos sobre o que as pessoas diziam e pensavam acerca d’Ele. (Mc 8,27-36; Mt 16,13-20; Lc 9,18-21). Nos três evangelhos Pedro responde em nome dos doze apóstolos com uma confissão que se distingue claramente da opinião das “pessoas”. Nos três evangelhos Jesus anuncia logo a seguir sua paixão e sua ressurreição e continua o anúncio do seu próprio destino com um ensinamento sobre o caminho do discipulado, do seguimento de seus passos, que é o Crucificado. Nos três evangelhos, Ele explica, porém, este seguimento da cruz de modo radicalmente antropológico, como necessário caminho da renúncia, sem o qual não é possível ao homem encontrar-se. A confissão de Pedro, portanto, ligada ao ensinamento de Jesus aos discípulos é que nos dá a totalidade e o essencial da fé cristã.
. Chegaram por caminhos diversos e pontilhados de erros diferentes, através de experiências distintas, vivendo tipos de santidade bem específica, sem obedecerem a um modelo único de vida. Ambos reconheceram o Cristo e Nele depositaram a sua realização, dele tiraram a força e a coragem para subir ao martírio, em um sacrifício sem reservas e com um amor sem igual. Pedro é a rocha, o representante justo e seguro do chefe de família na Igreja. Paulo, o itinerante, que se apresenta a novos povos, que é radical na sua vocação de apóstolo dos pagãos.
A Igreja é convidada a ser no mundo: “Luz das nações” e no mesmo documento Lumen Gentium diz; “As alegrias e as tristezas, as dores e alegrias, do povo de Deus é também as dores e alegrias, sofrimentos da igreja”. Isto significa que a Igreja Católica ao longo dos tempos, tempos modernos tem enfrentado perseguições, sofrimentos, martírios e o papa como representante de Pedro no mundo, tem sido o ponto de união, o representante justo e seguro do chefe de família na Igreja. Lembremos: o Papa Leão XIII, Papa Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e o Papa Francisco, A perspectiva do seu Pontificado partiu de baixo, com uma maior atenção às “periferias” existenciais e geográficas do mundo, como ponto de partida do seu modo de ser e agir. Ao convidar os fiéis a retomar “o frescor original do Evangelho”, pediu-lhes um maior fervor e dinamismo, para que o amor de Jesus pudesse chegar realmente a todos. A Igreja em “Saída”,
Peregrina e Samaritana. Rezemos pelo papa como a comunidade de Pedro rezava por ele, quando estava preso.
Frei Filomeno dos Santos O.Carm.