Novembro de 2023 foi novamente um mês marcado por muita chuva no Paraná, assim como outubro, devido principalmente à atuação do fenômeno El Niño, que favoreceu a passagem de frentes frias, configurações de sistemas de baixa pressão entre o Paraguai e norte da Argentina e fluxos de umidade e calor proveniente do Norte do Brasil, aponta o boletim do IDR-Paraná que analisa o impacto das variações do clima nas culturas do campo.
A agricultura do Paraná foi prejudicada nas regiões mais ao Sul, onde ocorreram altos índices de precipitações. Nas demais regiões a agricultura se desenvolveu dentro da normalidade.
A média estadual de precipitação foi de 212,6 mm e a média histórica é de 144,2 mm. A maior precipitação registrada foi de 421,6 mm em São Miguel do Iguaçu, no Oeste, sendo que desse total 127,2 mm ocorreu em um único dia (03).
Houve precipitações em quantitativos elevados em todas as regiões durante o mês de novembro, especialmente nas regiões Sudoeste, Oeste e Sul. A região Sudoeste registrou 190,1 mm acima da média histórica. Em Palmas, por exemplo, a média histórica é de 149,4 mm e choveu 416,2 mm, 266,8 mm a mais. Em vários municípios do Paraná as chuvas de novembro atingiram recordes históricos desde 1997, como em Curitiba, Pato Branco, Pinhais, Ubiratã, Francisco Beltrão, entre outros.
Menores quantitativos pluviométricos ocorreram nas regiões Noroeste e Norte, mas ainda assim com valores próximos da média histórica.
As temperaturas máximas do ar foram bastante variáveis no Paraná. Na maioria das localidades onde houve chuvas constantes e excessivas, como Sul, Sudoeste, RMC e Litoral, as temperaturas máximas do ar foram mais amenas, inferiores à média histórica. Por outro lado, nas regiões em que as chuvas não foram extremamente volumosas as temperaturas máximas do ar foram mais elevadas que a média histórica do local.
Já as temperaturas mínimas do ar foram superiores à média histórica em todo o Paraná, o que significa que as noites e madrugadas foram bastante quentes. Em novembro houve outra onda de calor, além da de setembro. Na média estadual, em novembro a temperatura máxima e mínima do ar foram 0,2 ºC e 1,4°C acima da média histórica, respectivamente. As anomalias foram superiores na grande maioria das regiões, com destaque para o Centro, Norte, parte do Sudoeste, Campos Gerais e parte da RMC.