DA UOL /FOLHAPRESS
A seleção brasileira feminina pode surpreender nesta edição de Copa do Mundo, ainda que não seja favorita como em outras épocas.
Embora passe por um período de transição -no qual há uma renovação em curso-, a seleção vem de uma forte preparação e com um grande intuito na mente: conquistar o inédito título mundial.
“Eu acredito que todo lugar passa por essa parte de renovação. É um ciclo normal do esporte. (…) Vai ter a mistura de experientes com novas jogadoras. Eu acredito que é uma fusão que pode dar muito certo”, afirma a jogadora Antonia.
Os últimos três amistosos da seleção mostram uma melhora no futebol apresentado. Apesar da derrota nos pênaltis para a Inglaterra na Finalíssima, as Guerreiras arrancaram um empate no final diante de mais de 80 mil pessoas presentes em Wembley. Depois, boa vitória construída sobre a Alemanha -uma das favoritas no torneio-, finalizando com a goleada aplicada sobre o Chile por 4 a 0.
No comando da seleção desde 2019, a sueca Pia Sundhage já conhece o grupo e possui bom relacionamento com as atletas. A meia Ary Borges revelou mais detalhes do trabalho com Pia e ressalta o aspecto mental do grupo para ir longe no torneio.
“Eu acho que a gente tem um espírito muito de querer vencer. A Pia fala muito isso. A gente tem que fazer coisas diferentes para obter resultados diferentes. Uma das coisas que ela implanta é essa mentalidade vencedora. E eu também acredito muito nisso, acho que o que você fala, você atrai. Temos falado sobre isso, temos um grupo muito forte, principalmente na parte mental. É algo que a gente sentia que precisava melhorar e temos feito isso”, diz Ary.
Quem chega como favorita na copa feminina? Com base no ranking da Fifa, Estados Unidos, Alemanha e Suécia são as seleções, nesta ordem, com maior pontuação atualmente.
A vantagem maior fica com os EUA, atual campeão da Copa, líder do ranking, e com jogadoras de destaque no cenário feminino.
Espanha, Inglaterra e França também são bem cotadas na briga pelo título. Holanda e Canadá correm por fora, assim como a própria seleção brasileira e a anfitriã Austrália.
Para o Brasil, é muito importante avançar em primeiro da chave, para teoricamente ter um caminho mais fácil no chaveamento. Para isso ocorrer, teria de superar a França, rival mais forte do grupo.