O mês de abril está chegando e, com ele, a necessidade de se trabalhar com a conscientização sobre o autismo e visibilidade ao TEA (Transtorno do Espectro Autista). Através da campanha Abril Azul, estabelecida pela Organização das Nações Unidades (ONU), várias ações são desenvolvidas ao redor do mundo trazendo à tona informações sobre o diagnóstico, tratamento e como viver no Espectro. Em Paranavaí, várias atividades já estão programadas para acontecer durante todo o mês e a campanha ganhou até uma mascote.
“Nós vamos ter uma caminhada silenciosa de conscientização; palestras com profissionais da área e também pessoas que estão no Espectro para falar como lidam com o transtorno no dia a dia; teremos um dia especial para as mães de autistas poderem se cuidar, olhar com mais atenção para si mesmas; e até sessões de cinema especiais para os alunos autistas das escolas de Paranavaí. Toda a programação vai ser anunciada pela nossa mascote, a Léia, que é uma menina com TEA e vai ser a nossa porta-voz dessa campanha tão importante e especial”, explica o secretário de Comunicação Social do município, Américo Pontes de Castro.
A primeira ação, que vai marcar a abertura do mês de conscientização sobre o autismo, será a Caminhada Silenciosa, que vai acontecer no próximo sábado, dia 1º de abril. Pessoas com TEA, pais, mães, professores, profissionais que trabalham nos tratamentos clínicos e terapêuticos, vão se reunir na Praça dos Pioneiros a partir das 9h. A saída da Caminhada será às 9h30, quando todos vão percorrer a Rua Getúlio Vargas até a Praça do Santuário do Carmo.
O autismo – O autismo, cujo nome técnico oficial é o Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e no comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos). Há muitos subtipos do transtorno, tanto que se usa o termo “espectro” devido aos vários níveis de suporte que cada indivíduo do TEA necessita – existem desde pessoas com outras doenças e condições associadas (coocorrências), como deficiência intelectual e epilepsia; até pessoas independentes, com vida comum.
Ainda alvo de estudos, as causas do autismo são identificadas com majoritariamente genéticas. Atualmente, existem 1.031* genes já mapeados sendo estudados como possíveis fatores de risco para o transtorno (*número atualizado em março de 2022).
A partir do novo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado em 2013, o Transtorno Autista passou a ser incluído no diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), juntamente com a Síndrome de Asperger, o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento e o Transtorno Desintegrativo da Infância. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que uma em cada 160 crianças no mundo tem TEA, o que representa cerca de 70 milhões de pessoas. No Brasil, um estudo-piloto estima que tenhamos 1 autista para cada 367 habitantes, o que pode representar um número de mais de 2 milhões de pessoas com TEA no país.
(Assessoria Prefeitura)