MARINHO SALDANHA
PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – Não se engane ao olhar a tabela do Campeonato Pernambucano. Lá está o Caruaru City, que acabou rebaixado para Série A2 neste ano. Ainda que tenha inspiração no xará inglês, o time nordestino passa longe do grupo milionário e sobrevive com dificuldades.
O QUE ACONTECEU
O Grupo City comanda uma série de clubes pelo mundo, como Manchester City (Inglaterra), New York City (Estados Unidos), Melbourne City (Austrália), Troyes (França), Granada (Espanha) e Bolívar (Bolívia). Neste ano, o Bahia teve sua SAF adquirida pelo mesmo grupo.
O Caruaru City, porém, não é parte do investimento. O nome do time tem inspiração no Manchester City e visa valorizar a cidade de Caruaru.
Ainda que seja um clube em formato empresarial, a equipe não tem qualquer aporte financeiro externo e busca investimentos.
O Caruaru City já foi até notado pelo Manchester. Quando conquistou o título da Série A2 do Pernambucano, foi parabenizado pelo xará nas redes sociais.
“Não pertencemos ao Grupo. O projeto usou este nome para representar a cidade e inspirado em referências como o Orlando City e o Manchester City. O investimento deles seria perfeito para nós, seria fantástico ter o apoio de uma gestão de sucesso como o Grupo City, nos colocaria em outro patamar. É claro que sabemos que existem outras questões que envolvem este tipo de investimento, mas temos nos preparado para poder buscar investidores externos. Hoje trabalhamos com apenas as nossas próprias receitas. Estamos em busca de um investidor qualificado e já trabalhamos com suporte de uma consultoria para preparar o clube para isso”, diz Evandro Marinho, diretor-presidente do Caruaru City.
CONHEÇA O CARUARU CITY
O clube começou em 2015 com uma escola de futebol em parceria com Athletico Paranaense. Em 2016, o projeto do Caruaru City foi lançado, apenas com categorias de base. A profissionalização veio em 2020.
Logo no primeiro ano, o time foi campeão da Série A2. No ano passado, foi até as quartas de final do Estadual, mas neste ano acabou rebaixado.
“Hoje temos seis escolas de futebol, três próprias e três licenciadas. Queremos ter 10 escolas próprias, já mapeamos cidades com potencial. O rebaixamento aconteceu porque ficamos na dependência de receitas que não se confirmaram. Sem falsa modéstia, no interior não tem projeto parecido com o nosso. Temos muito a construir e o que eu costumo dizer é que está faltando esse combustível para potencializar o trabalho. Nosso dia a dia é muito difícil, várias coisas que gostaríamos de fazer não podemos por falta de recurso”, afirma Marinho.