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RELIGIÃO

Coluna Espírita

A mancha na manchada

Quem pode avaliar o esforço de uma mãe, criando os filhos sozinha? Seja por viuvez, separação do casal ou abandono puro e simples, ela está só.

Precisa trabalhar para prover o sustento e tudo que se faça necessário no lar. Ao mesmo tempo, não pode desconsiderar a necessidade de sua presença junto aos pequenos, dar-lhes afeto, atenção.

As tarefas e trabalhos da escola precisam ser acompanhados, orientados. Auxílio em alguma lição que não foi bem aprendida, enfim…

Um dia de vinte e quatro horas parece diminuto para tudo que se faz indispensável. É preciso estar um passo à frente, pensando no amanhã, dia em que vencem os boletos.

E a necessidade de um calçado novo, uma blusa para o uniforme, um vestido para a apresentação musical da próxima semana.

Os dias transcorrem numa verdadeira maratona. Por vezes, o cansaço parece dominar as forças.

E não há, ao lado, um ombro com quem possa dividir as preocupações, desabafar seus temores e angústias.

Ela é o sustentáculo para todos, no lar. Não pode titubear, não pode esmorecer.

Os filhos dependem dela e do seu aporte moral.

E que dizer das noites marcadas pela ausência de um afeto que a possa envolver em seus braços e dizer: Não se preocupe. Resolveremos juntos.

Amo você! Você é nossa fortaleza. Prossigamos.

Por isso, naquele domingo, ao despertar, Alice levou um grande susto. Na parede branca, à sua frente, pintada, há poucas semanas, estava desenhado um enorme e trêmulo coração vermelho.

O que é isso? – Teve vontade de gritar. Lembrou quanto custara a tinta para pintar a casa toda. Pensou em quanto custaria adquirir mais uma lata para renovar a pintura daquela parede.

Então, ela viu seu menininho, de apenas três anos, com o pincel atômico na mão. Voltou-se para ela e, sorridente, perguntou:

Gostou, mamãe? As manas me disseram que você ia adolar!

De repente, como num flash, ela se deu conta. Era Dia das mães. Nesse mês, pelo acúmulo de contas a pagar, ela deixara de dar a mesada para as suas duas adolescentes.

Sabia que, todo ano, com aqueles poucos reais, elas combinavam e compravam um mimo para ela, para esse dia.

Como não tivessem nada para dar à mãe, pediram ao maninho que lhe fizesse a surpresa. Imaginaram que seria um belo presente para o seu coração de mãe. Símbolo da gratidão de seus filhos.

Então, ela agradeceu por não ter gritado, por não ter reclamado.

A parede era um imenso vermelhão. Que importava? Seus filhos estavam lhe dizendo que a amavam, que reconheciam seus sacrifícios, seu esforço.

Abraçou as duas adolescentes, que adentraram no quarto, e o pequerrucho, respondendo com suprema alegria:

É claro que eu adorei!

A parede continuaria manchada por sabe-se lá quanto tempo.

Mas, para ter aqueles filhos por perto, valia a pena. E ela encararia todos os esforços necessários, faria tudo de novo e de novo.

Ela, Deus, o amor por seus filhos, sua fé.

*   *   *

Num coração de mãe se mesclam muitos sentimentos. Sobre todos, o amor aos filhos da sua carne. Ou filhos somente do seu coração.

Trata-se de especialização, mestrado e doutorado na matéria amor.

Redação do Momento Espírita, com base
no cap. 26, do livro 
52 lições inesquecíveis, de
Patrícia Carvalho Saraiva Mendes, ed. FEP.

Correspondência para:

Centro Espírita Fé, Amor e Caridade

Rua Guaporé, 1576 – Centro -87704-220 – Paranavaí – PR.

Telefone: (44)3423-4490

E-mail: mensagemespirita2013@gmail.com

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