Por assessoria Sinserpar
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paranavaí – Sinserpar enviou à Administração Municipal o ofício nº 79/2023 reiterando a manifestação dos professores e dos agentes de apoio educacional quanto ao reajuste salarial referente ao Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC) de 5,93%. A preocupação é sobre a defasagem salarial que impera nas duas categorias. Segundo o sinserpar, o plano de cargos e salários não está sendo respeitado, deixando uma lacuna aberta a cada ano que passa.
Diante desses empecilhos, o presidente do sindicato Gabriel dos Santos Luiz quer reforçar as reinvindicações e busca uma resposta do poder executivo. De acordo com ele, em 2024 (último ano da atual gestão) as categorias esperam ser atendidas pelo chefe do executivo. Caso contrário, uma possível manifestação não estaria descartada.
“Os servidores cobram efetividade do município perante essas reivindicações e o sindicato apoiará sempre. Dessa forma, enviamos mais um ofício e pedimos uma resposta o mais rápido possível. Queremos dialogar. As duas categorias entendem a situação financeira do município e estão dispostas a abrirem mão de receber o valor do INPC de janeiro a junho. Ou seja, a reivindicação é para o pagamento dos últimos seis meses do ano (de julho a dezembro). As categorias estão há 1 ano e 6 meses sem reajustes e isso tem causado uma grande tristeza nos servidores da educação”, salientou Gabriel.
ENTENDA O IMBRÓGLIO
Aprovado em 31 de janeiro deste ano na Câmara de Vereadores, o valor do INPC de 2023 foi repassado apenas aos servidores municipais de outras secretarias, deixando de lado os professores e as agentes de apoio. A alegação da prefeitura deve-se ao aumento salarial que as categorias da educação tiveram de 33%, concedido ainda em 2022 pelo ex-presidente da república.
AGENTES APOIO LUTAM POR PLANO DE CARREIRA
Mesmo com salário equiparado aos professores, as agentes de apoio não tiveram o plano de progressão de carreira atendido. “Isso é muito preocupante, pois da forma como está, elas ficam sem os benefícios garantidos ao quadro geral de servidores. De forma prática, exercem funções semelhantes dos professores, então tem que ter a valorização condizente. Não podem ser esquecidas da forma como estão”, afirmou Gabriel.
Confira um trecho do ofício elaborado pelo advogado do sinserpar, Sanatiel Junior:
“Voltamos para solicitar a concessão do reajuste, vez que os salários dos servidores se encontram defasados ante a inflação. Sabemos que o cenário econômico do município foi abalado pelas isenções dos anos anteriores, mas também temos ciência das movimentações do Governo Federal para amenizar os déficits locais.
Por esta razão, frente a melhora econômica, solicitamos que seja dada uma atenção a estes servidores que foram excluídos do reajuste anual, pois o não reajuste tem um impacto muito maior do que apenas a desvalorização salarial, reverberando também a longo prazo para efeitos de aposentadoria”.