A comissão que apura a denúncia de quebra de decoro parlamentar contra o vereador de Paranavaí Roberto Cauneto Picoreli (Pó Royal) inicia hoje a fase de depoimentos de testemunhas. Serão dois dias de oitivas, com pronunciamento também do denunciado.
O processo de investigação é presidido pela vereadora Maria Clara, com relatoria da Professora Cida Gonçalves e participação de José Galvão.
Concluída a fase de depoimentos, a defesa do vereador Pó Royal apresentará as alegações finais. A comissão processante reunirá, então, todo o material para emitir o relatório final, que será levado para a votação em plenário, independentemente da decisão, seja pelo arquivamento, seja pela cassação do mandato.
De acordo com o assessor jurídico da Presidência da Câmara de Vereadores, Ademir Giandotti Júnior, os trâmites correm dentro do prazo. O processo pode levar até 90 dias contados a partir de 20 de maio, quando Pó Royal foi notificado oficialmente sobre a apuração.
Ele é acusado de ameaçar e perseguir ex-namoradas e chantagear uma servidora pública. A denúncia foi lida no dia 16 de maio e acolhida por unanimidade. Na mesma sessão, o presidente Leônidas Fávero Neto determinou o afastamento imediato de Pó Royal das funções legislativas.
Em sua defesa, o vereador denunciado alega que o processo é resultado de perseguição política, estratégia para evitar que se candidate a deputado federal. Ele também argumenta que os casos citados na denúncia já tinham sido resolvidos.