REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
A construção de uma ponte ligando Paraná e Mato Grosso do Sul é uma reivindicação antiga de um grupo de políticos, produtores rurais, empresários e profissionais autônomos da Região Noroeste. As defesas insistentes e as articulações da Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar) levaram a Itaipu Binacional a custear estudos de viabilidade da obra e garantiram reconhecimento da Assembleia Legislativa do estado vizinho, que concedeu à entidade Moção de Congratulação.
Na semana passada, integrantes da Socipar foram ao Mato Grosso do Sul para receber a honraria, aprovada por unanimidade pelos parlamentares. O autor da proposta é o deputado estadual Roberto Hashioka.
Conforme lembra o diretor da Socipar Edilson Avelar, em 2013 Hashioka recebeu uma comitiva paranaense, prefeitos e vereadores sul-mato-grossenses. Naquela ocasião, há 10 anos, lançaram a ideia de construir a ponte sobre o Rio Paraná.
Avelar destacou a importância da obra: “Quem transita de Nova Casa Verde até Nova Londrina reconhece que o trajeto é perigoso e inadequado pelo volume imenso de caminhões, bitrens de mais de 45 toneladas. São estradas estreitas, mal sinalizadas, sem acostamento”.
Nova Casa Verde é distrito do município de Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul. Nova Londrina está localizada no Noroeste do Paraná.
A situação, avaliou o diretor da Socipar, é inadequada “para dois estados gigantes da federação, que tanto produzem”.
Com a construção da ponte, a redução do percurso para o escoamento da produção agrícola do Mato Grosso do Sul até o Porto de Paranaguá seria superior a 100 quilômetros. Na prática, traria mais rapidez e segurança para os motoristas.
Itaipu – De acordo com Avelar, integrantes da Socipar se reunirão com a diretoria da Itaipu Binacional e conversarão com o diretor-geral Enio Verri. A intenção é buscar o comprometimento da empresa com os investimentos necessários para construir a ponte, caso as análises em andamento tenham resultados positivos.
O convênio entre a Itaipu e o Governo do Paraná para a execução do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) foi assinado em junho do ano passado. Em março deste ano, a empresa binacional liberou a primeira parcela, R$ 2,6 milhões, valor correspondente a 80% do total (R$ 3,2 milhões).
Os levantamentos deverão ser concluídos em 18 meses.