*Gregório José
Nos últimos anos aconteceu uma explosão de cursos, faculdades e instituições educacionais que oferecem pacotes, facilidades e tudo mais para que a pessoa se capacite, aprenda mais e se torne um cidadão mais culto, crítico e que possa discernir entre o certo e errado, conscientemente.
Esta prática da iniciativa privada vem ao encontro do sonho da sociedade em ter melhores oportunidades e não enfrentar salas de aula lotadas, prédios sem infraestrutura, cadeiras e carteiras degradadas por conta do mau uso e da falta de sensibilidade dos usuários com o que é público e comum a todos.
E, estes fatos não ocorrem apenas em países do chamado terceiro mundo ou em desenvolvimento. Até mesmo países desenvolvidos economicamente enfrentam este descaso do que é público.
Porém, o que se tem notado mundo afora e, até mesmo a Unesco acaba de divulgar levantamento onde aponta que cerca de 244 milhões de crianças e adolescentes estejam fora da escola. Destes, ao menos 617 milhões não sabem ler nem resolver exercícios de matemática básica.
Segundo a avaliação das Nações Unidas, 40% das meninas na África Subsaariana tenham ensino elementar completo. Cerca de 4 milhões de crianças e jovens refugiados com direito à educação estão fora da escola.
Isso não está computado as 2,5 milhões de meninas afegãs em idade escolar e mulheres jovens que estão fora da escola por conta do regime de governo naquela nação. Ali, cerca de 1,2 milhão perdeu o acesso as escolas secundárias e universidades após a decisão das autoridades de fato.
Mas, no Brasil, este fator é sentido nas mensagens recebidas pelas Redes Sociais, uma das mais utilizadas formas de se comunicar na atualidade.
Através delas e pelas escritas que aparecem é possível notar e verificar o nível de educação da população. Infelizmente, cada vez menos pessoas escrevem razoavelmente bem e, isto não é só pelos não letrados. Muitos ocupantes de cargos públicos (de vereadores a senadores); assessores e empresários mostram que estamos indo de mal a pior e sem esperanças de uma melhora.
Hoje em dia, não aprende que não quer. Afinal, escrever da maneira como se fala, pode não ser “errado”, mas mostra o nível de aprendizado que tivemos ou como encaramos o nosso próprio crescimento pessoal.
Infelizmente, não aprendemos a ser leitores melhores e escritores razoáveis, porque não queremos. Simples assim! Cursos e oportunidades existem, mas, estamos prontos?