@FernandoRingel
Não adianta mais reclamar, Flavio Dino é o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). E, por ironia ou malícia, foi em um dia 13. Paranoias à parte, a sabatina ter sido realizada simultaneamente à de Paulo Gonet, eleito para a Procuradoria-Geral da República, obviamente foi uma manobra para tirar o foco do, então, Ministro da Justiça.
Quanto à oposição, eles prefeririam que o tal Flávio fosse outro. Quem sabe o Flávio… Bolsonaro, não é? Porém, o nome da vez era Dino, e como os indicados ao STF costumam ser acatados pelo Senado, a luta da direita foi para tirar alguma casquinha e faturar nas redes sociais.
No fim das contas, os otimistas da oposição ao menos podem comemorar o fato de que o novo membro do STF abandona a política e, por consequência, está fora da briga pela presidência. Para a esquerda não deixa de ser uma perda porque, até hoje, Lula não tem um sucessor competitivo.
No mais, o evento contou com um momento curioso, quando Sergio Moro (União) foi até a bancada e cumprimentou alegremente Dino. Fica a reflexão: os dois na base do sorriso e metade do Brasil brigando com a outra metade da população por causa de política…
Ao norte do Brasil e ao sul da inteligência?
Enquanto segue em sua cruzada contra o imperialismo americano, a Venezuela caminha com o seu “imperialismo venezuelano” em direção à Guiana Francesa. Independente do resultado prático dessa aventura, o fato é que Maduro criou algo para distrair a população dos problemas reais e do ressurgimento da oposição no país.
Estratégia típica desses ditadores sulamericanos, felizmente em extinção, que por conveniência, se dizem de direita ou de esquerda em função de relações políticas e econômicas. Lá no fundo, Maduro sabe que se colocar os pés na Guiana, provavelmente vai acabar sem nada. Talvez até sem os dentes, como no caso do ex-BBB Kleber Bambam, que teve a ousadia de desafiar o boxeador Popó para uma luta em fevereiro. É aquela coisa: nunca se sabe qual é o limite entre a loucura e a coragem.
Na parte de baixo do mapa, tudo o que a Argentina não precisa é de uma guerra no continente. Para os hermanos que tinham medo de Javier Milei, não deve ter sido fácil ver que as novas medidas econômicas logo passaram a ser chamadas de “Plano Motosserra”. E está certo porque eles decidiram “cortar na carne”:
Na realidade, o novo governo ganhou com o apoio da direita moderada, liderada pelo ex-presidente, Maurício Macri. Como nada é de graça, ainda mais na política, Macri é quem vai dar as cartas e Milei é quem dará a cara à tapa. O que não parece incomodá-lo.
No papel, o plano funciona, mas o remédio é para lá de amargo porque a dose é muito forte. Estão com pressa, e nisso, será que o povo aguenta ainda mais crise para só no futuro a coisa melhorar? Só para lembrar, essa foi a ideia por trás do confisco das poupanças, no Governo Collor, e no fim, até o presidente brasileiro ficou desempregado.