DA FOLHAPRESS
A Copa do Mundo do Qatar-2022 será o último evento a ser narrado por Galvão Bueno na Globo. Depois dela, ele deixará a emissora após 41 anos. A confirmação veio dele mesmo, primeiro pelo Twitter e depois ao jornal O Globo.
“Jogo de despedidas. Último jogo da Seleção no Brasil antes da Copa! Último jogo de Tite no Brasil como técnico da Seleção! Meu último jogo da Seleção no Maracanã em televisão!”, escreveu Bueno nas redes sociais.
Ao jornal, ele deu mais explicações em relação ao que pretende fazer após o fim de seu contrato em dezembro. “A Globo é minha casa. Então, a nossa conversa nesse momento é: o que irá acontecer, como deixaremos as portas abertas e que porta será utilizada depois do dia 18 de dezembro [final do campeonato mundial]. É impossível você dizer no mundo ‘não, nunca mais’. A vida me ensinou isso”, começou.
“Mas neste momento eu diria, narração em TV aberta, não mais. Estamos negociando outras coisas. Outros caminhos. E, muito provavelmente, muita coisa nesse mundo digital e outras plataformas dentro do Grupo Globo”, emendou ele.
De acordo com Galvão, tudo tem seu tempo e é preciso perceber quando as coisas chegam ao fim. “Mas, ao mesmo tempo que termina o contrato para essa minha sequência de 41 anos na Globo, com trabalho do dia a dia, programa, narração de jogos, a tendência nessa conversa é que isso pare depois da Copa do Mundo.”
A trajetória de Galvão Bueno na emissora começou em 1980. Ao todo o profissional narrou dez Copas do Mundo. Em 2020, no Altas Horas, Galvão afirmou que não iria trabalhar na Copa do Qatar, mas depois mudou de ideia.
Na Copa do Mundo, em 2018, Galvão já tinha sinalizado que poderia ser a sua última ao encerrar a transmissão da final em tom de despedida.
O locutor também falou na ocasião do infarto que sofreu em novembro de 2019 e que o impediu de narrar a final da Libertadores, quando o Flamengo se tornou campeão ao vencer o River Plate. “Eu comecei a sentir dores e achei que era uma indisposição, eu nem iria ao hospital se não fosse a minha mulher [Desirée Soares]”, afirmou.