REINALDO SILVA
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De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), até a tarde de ontem (3), 95,8% dos rebanhos do Noroeste do Paraná tinham sido atualizados. Foi o segundo melhor índice, atrás apenas da região de Toledo, que alcançou a marca de 99,1%.
A campanha estadual terminou na última sexta-feira (30 de junho) e os produtores que perderam serão notificados e estrão sujeitos à cobrança de multa.
Na Unidade Local de Sanidade Agropecuária (Ulsa) de Paranavaí, que também atende Alto Paraná, Amaporã e São João do Caiuá, o índice de refratários foi de 4,7%. De acordo com o médico veterinário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) Sergio Massao Toyoda, o valor está dentro do esperado.
Os resultados positivos tanto na Ulsa de Paranavaí quanto em toda a região, abrangendo 32 municípios, se devem à ampla divulgação da Campanha de Atualização do Rebanho 2023. As peças em veículos de comunicação e o contato direto das equipes técnicas com os produtores surtiram o efeito desejado, avaliou Toyoda.
Ele explicou que o grande objetivo da campanha anual é garantir que o Paraná mantenha os status de área livre de febre aftosa sem vacinação e de área livre de peste suína clássica sem vacinação.
As duas classificações internacionais permitem transações comerciais com mercados consumidores de proteína animal em todo o mundo.
O mapeamento dos rebanhos também facilita a adoção de medidas de controle em eventuais surtos de doenças: tendo as devidas identificações, é possível adotar o controle sanitário adequado e, assim, evitar que se espalhem.
A principal preocupação agora é com a propagação da influenza aviária. O médico veterinário da Adapar informou que foram identificados três focos em animais silvestres, todos na faixa litorânea do Paraná, em razão do movimento migratório das aves. Até o momento não houve problemas em produções comerciais.
“O risco é muito grande, por isso o controle de biossegurança nas propriedades deve ser rigoroso”, sentenciou Toyoda. A fiscalização é feita pela Adapar.
O Paraná não é o único estado com diagnósticos positivos. De acordo com o Ministério da Agricultura, também há confirmações na Bahia, no Espírito Santo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo.
Até ontem eram pelo menos 57 casos, nenhum em propriedades comerciais. A maioria (56) foi identificada em aves silvestres e apenas um foco em produção de subsistência, de criação doméstica, no Espírito Santo.