Ana Lúcia Fernandes
O dia 10 de outubro foi marcado como o Dia Nacional de Combate à Violência Doméstica, e nesta oportunidade venho trazer um alerta.
A maioria dos casos de feminicídio no contexto da violência doméstica tem um histórico bem característico, com alguns comportamentos muito simples que por vezes passam despercebidos ou são ignorados, e posteriormente acabam culminando no óbito da vítima.
A verdade é que, quase sempre, há uma ordem: primeiro a vítima é desqualificada, chamada de “louca”, ou culpada por qualquer situação ruim do casal, e até humilhada ou ridicularizada em público.
Depois, um “simples” ato de ciúmes que vai se tornando descontrolado e evolui para um comportamento possessivo, em que o companheiro começa a ameaçar, controlar para onde a vítima pode ou não ir, com quem ela deve ou não se relacionar, e até mesmo fazendo com que a vítima se afaste dos amigos e familiares.
Mas não para por aí.
Em muitos casos a vítima até percebe esses sinais, mas continua no relacionamento abusivo, na esperança de que o companheiro melhore.
Acontece que a situação só tende a piorar, o companheiro, que até então se mostrava amoroso, agora começa a agredir fisicamente, e a violência que até o momento era verbal e psicológica passa para um estágio muito perigoso.
Ao partir para a violência física, puxões de cabelo, empurrões, tapas, chutes, socos entre outros, a vítima resolve dar um basta e denunciar, pedindo medidas protetivas, mas nem sempre isso é suficiente.
Aqui está um ponto que talvez você não saiba: não adianta pedir as medidas protetivas se a vítima não estiver disposta a ir até o fim com todas as medidas cabíveis, ou seja, deve também representar criminalmente contra o agressor, para que este responda ao inquérito policial e seja devidamente investigado, processado e punido.
QUEBRE O CICLO!