No Paraná, 26 de maio é o Dia Estadual de Conscientização sobre a Hanseníase e as Secretarias de Saúde dos municípios reforçam a atenção, mobilização e combate à doença, lembrando da importância do diagnóstico precoce, do tratamento – que é oferecido de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A doença, antes conhecida como “lepra”, até hoje ainda é vista com muito preconceito por conta da desinformação. Mas em Paranavaí, o assunto é levado muito a sério.
“Nossas equipes de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem da ESF (Estratégia Saúde da Família) já começaram o ano recebendo um treinamento específico sobre diagnóstico e trato da doença. E os ACSs (Agentes Comunitários de Saúde) também receberam um treinamento específico sobre abordagem e uso do Questionário de Suspeição em Hanseníase junto à população. A aplicação do questionário é realizada pelos ACSs durante as visitas domiciliares no decorrer do ano e os usuários que apresentarem risco para a doença passarão por avaliação médica para confirmação ou descarte do diagnóstico”, explica a enfermeira do SINAS (Sistema Integrado de Atendimento em Saúde), Valeska de Abreu.
Em Paranavaí, 11 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) vão abrir neste sábado, dia 27 de maio, das 8h às 13h, para atendimento especial a pacientes com manchas suspeitas. As UBSs Zona Leste, Morumbi, Coloninha, Campo Belo, Celso Konda, Três Conjuntos e Casa de Apoio Jardim Ipê vão atender com consultas médicas previamente agendadas pelas equipes, além de oferecem a realização de testes rápidos para detecção de HIV, Sífilis e Hepatites virais, e coletas de preventivos. Já as UBSs Monte Cristo, Jardim Maringá, São Jorge e Chácara Jaraguá farão o atendimento sem consultas médicas, com aplicação do Questionário de Suspeição em Hanseníase e demais ações, como os testes rápidos e coletas de preventivos.
Sobre a Hanseníase – Dados apontam que o Brasil concentra 90% dos casos de Hanseníase da América Latina e ocupa o 2º lugar no ranking mundial, atrás apenas da Índia. Os portadores são vítimas do preconceito e da falta de informação.
O tratamento da hanseníase é gratuito, fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Além disso, o tratamento é ambulatorial, ou seja, não precisa de internação hospitalar, e é feito com antibióticos em comprimidos, com duração média entre 6 a 12 meses, com acompanhamento na UBS. Logo no início do tratamento a doença não é mais transmitida, evidenciando a necessidade de diagnosticar e tratar rapidamente o paciente, tanto para prevenir complicações, quanto para evitar a transmissão. Não se deve fazer qualquer tipo de isolamento ou algo parecido.
A Hanseníase é uma doença curável, porém pode ser transmitida e deixar sequelas se o diagnóstico demorar muito para ser feito. As melhores formas de prevenção do surgimento de novos casos e de evitar as sequelas são: o diagnóstico e tratamento adequado dos pacientes, o exame das pessoas que convivem e conviveram nos últimos anos com o paciente, especialmente as que moram na mesma casa e/ou tenham contato muito próximo. Desconhecimento sobre a doença faz surgir preconceitos que só dificultam o adequado controle da Hanseníase.
FONTE: Prefeitura de Paranavaí