De acordo com os dados do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) foram registrados 65 milímetros de chuva durante o a quarta-feira (21). Acumulado expressivo para o último dia de inverno.
As condições atmosféricas são favoráveis para mais chuvas durante a semana em todo o Paraná. Contudo, gradualmente as áreas de instabilidade se afastam em direção ao sudeste do Brasil e a estabilidade volta a predominar na maioria das regiões paranaenses a partir da tarde. Com o ingresso de uma massa de ar frio, as temperaturas mínimas devem ser registradas no período da noite no Paraná, com frio significativo mais ao sul, perto de Santa Catarina.
Segundo o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) há previsão de 1.7 mm de chuva para hoje. No domingo (25) pode chover quase 6 mm.
Agrometeorologia – “O cenário de intensificação do fenômeno La Niña durante a primavera é preocupante para agricultores e pecuaristas”, assinala a agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar – Emater (IDR Paraná), Heverly Morais. Grandes culturas como soja, milho e feijão podem sofrer impactos, tais como atraso na semeadura, germinação desuniforme da lavoura, crescimento inadequado das plantas e mau desenvolvimento dos grãos. Algumas recomendações para enfrentar esses períodos secos são: escalonar a semeadura em talhões com cultivares de ciclos diferentes, não inserir população de plantas superior ao indicado, manter o equilíbrio nutricional das plantas, utilizar sementes de boa qualidade e cultivares adaptadas à região.
Como os períodos de estiagem durante a safra das grandes culturas têm sido recorrentes no Paraná, uma estratégia preventiva para melhorar a estrutura do solo e o armazenamento da água é cultivar e incorporar plantas de cobertura em sistema de plantio direto. “Essa técnica melhora os atributos físicos e químicos do solo, favorecendo o aumento de infiltração, aprofundando as raízes da cultura, reduzindo a temperatura e a evaporação do solo e mantendo a água disponível para as plantas em períodos de estiagem fraca e moderada”, explica a agrometeorologista. Deve ser planejada e conduzida com assistência técnica. Os benefícios são observados em médio e longo prazos.
As altas temperaturas da primavera devem prejudicar as hortaliças, principalmente as folhosas. Devido ao intenso calor, as olerícolas em geral demandarão muita água de irrigação. Com a previsão de chuva abaixo da normal climatológica e mal distribuídas ao longo da estação, há grande risco de culturas como café, cana-de-açúcar, mandioca e frutíferas serem prejudicadas, assim como as pastagens.
Outros eventos meteorológicos extremos recorrentes na primavera – como vendavais, granizo e raios – poderão causar prejuízos para a agricultura e a pecuária.