REINALDO SILVA
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“O Rotary é uma comunidade internacional que reúne líderes para superar grandes desafios, local e globalmente. A erradicação da pólio consiste em um desses desafios, e não podemos desistir até que seja erradicada para sempre em todos os países.”
A declaração é da presidente do Rotary Club Fazenda Brasileira, Caroline Vendramin, que esteve no Diário do Noroeste para falar sobre o evento “Pedalando e caminhando contra a pólio”. Também participaram da conversa o presidente do Rotary Paranavaí, Amarildo Costa, e o governador assistente do Distrito 4630, Onivaldo Izidoro Pereira.
A atividade será neste domingo (22), com concentração na Praça dos Pioneiros e saída às 9h. O trajeto de pouco mais de seis quilômetros começa na Rua Getúlio Vargas e segue pela Juscelino Kubitscheck até a Rio Grande do Norte, continua na Parigot de Souza, Sebastião Bem Bem de Oliveira, Pernambuco e Luís Spigolon, retornando à Praça dos Pioneiros.
Ciclistas e pedestres que chegarem com antecedência receberão uma pulseira e um número para concorrer às seis bicicletas que serão sorteadas no final. Os organizadores pedem que, se possível, levem um quilo de alimento não perecível para posterior distribuição a entidades assistenciais de Paranavaí.
O evento organizado pelos clubes rotarianos de Paranavaí tem como principal objetivo conscientizar a população sobre a importância da vacinação contra a poliomielite, doença conhecida como paralisia infantil. A ação ocorre em nível internacional durante o mês de outubro.
Izidoro Pereira lembra que a paralisia infantil foi erradicada no Brasil em 1989, mas ainda há circulação viral e casos positivos em alguns países, caso do Paquistão e do Afeganistão. Recentemente o vírus foi identificado em regiões da América do Sul, nos Estados Unidos e na Europa.
Amarildo Costa destaca a gratuidade da vacina no Brasil, distribuída nas unidades básicas de saúde durante o ano todo. Diferentemente da estratégia brasileira, outros países cobram pela imunização dos moradores, o que dificulta o acesso da população. Para suprir essa deficiência, os Rotarys Clubes fazem campanhas de arrecadação e financiam a compra de doses da vacina.
Apesar da aplicação gratuita, no ano passado a cobertura vacinal para a doença no Brasil ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a circulação do vírus. O levantamento é do Ministério da Saúde.
Izidoro Pereira estima que se todos os esforços de erradicação da paralisia infantil parassem hoje, dentro de 10 anos a doença poderia afetar 200 mil crianças. “Não vamos permitir que nossos filhos sejam vítimas desse vírus”, alerta.