VICTORIA AZEVEDO
DA FOLHAPRESS
A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) afirmou à Folha de S.Paulo que o pedido de prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) será analisado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (26).
Brazão foi preso na manhã de domingo (24) sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). À noite, a executiva nacional da União Brasil determinou a expulsão do parlamentar do partido com cancelamento de filiação partidária, numa decisão unânime entre os presentes.
Presidente do colegiado, Caroline designou o deputado Darci de Matos (PSD-SC) para ser o relator do processo. Segundo interlocutores da parlamentar, Matos foi escolhido por ser um deputado atuante na comissão.
Ainda de acordo com relatos, a escolha também se deu por um parlamentar que não integra partidos considerados “envolvidos” com o processo, como o PSOL (da vereadora) e a União Brasil.
Segundo Caroline de Toni, caberá ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), definir quando o tema será levado ao plenário da Casa. Há uma expectativa de que isso possa ocorrer na própria terça ou na quarta (27).
Como a Folha de S.Paulo mostrou, há uma avaliação entre as lideranças de que a prisão do deputado deverá ser mantida pela Câmara, mas a presença em plenário preocupa. Isso porque o quórum exigido é de maioria qualificada (ou seja, 257 dos 513 votos) e a semana é considerada curta, por causa do feriado prolongado da Páscoa.
A votação é aberta e o resultado é promulgado na própria sessão.
Darci de Matos diz à reportagem que seu parecer ficará pronto até o meio-dia desta terça. “Já estou trabalhando com a minha consultoria técnica no texto. [Caroline de Toni] me pediu celeridade no processo e que eu fizesse um estudo profundo dos fatos com a consultoria”, afirma o deputado.