Sete em cada dez empresas brasileiras pretendem investir em Inteligência Artificial (IA) em 2023, de acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte. A crescente demanda por soluções tecnológicas avançadas está levando empresas a perceberem que precisam melhorar a eficiência, produtividade e qualidade dos processos para se manterem competitivas no mercado. Nesse cenário, a inovação é mais do que uma tendência, é uma necessidade que está impulsionando o mercado de tecnologia e transformando a forma como as corporações consomem serviços. Para se manterem atualizadas, as empresas precisam se reinventar e abrir espaço para a disrupção digital, gerando novas oportunidades de negócios e se destacando em seus setores.
A adoção global de IA cresce em todo o mundo e 41% das empresas brasileiras vêm implementando ativamente a tecnologia, segundo uma pesquisa de mercado encomendada pela IBM. Com funcionamento formado pela combinação entre Big Data (grande volume de dados) e algoritmos, a Inteligência Artificial tem potencial para ser aplicada em diversas áreas de atuação. “Além de ler dados, interpretar informações por meio de sistemas de aprendizado, detectar padrões e possuir ferramentas que conseguem simular capacidades humanas, a tecnologia otimiza os processos de trabalho e, ao mesmo tempo, transforma as relações”, pontua o diretor-executivo da TOTVS Curitiba, Márcio Viana.
Próximos passos – À medida que a Inteligência Artificial se torna um imperativo para modelos de negócios em todos os setores, diretores e empresários têm a obrigação de identificar possíveis caminhos para inserir essa tecnologia nos processos. Com insights valiosos a partir dos dados coletados, a IA permite que empresas sejam mais assertivas nas tomadas de decisões estratégicas, além de ajudar no fluxo de trabalho e reduzir o estresse mental em tarefas repetitivas. É o que mostrou uma pesquisa realizada pela GitHub com colaboradores que utilizam ferramentas de programação alinhadas com Inteligência Artificial. “Mais do que nunca, tecnologias capazes de se conectarem a todas as fontes de dados e analisarem informações devem ser aliadas para alavancar negócios e apoiar gestores na tomada de decisão”, avalia Márcio Viana.
Considerada a força motriz por trás da Quarta Revolução Industrial, a Inteligência Artificial pode contribuir para aumentar em US$ 15,7 trilhões o PIB global até 2030, um salto de quase 15%, segundo a consultoria PwC. No entanto, o diretor-executivo da TOTVS Curitiba explica que a adoção de IA não pode se resumir apenas a uma corrida tecnológica, mas, também, que demanda um esforço para garantir que a tecnologia seja utilizada de forma ética e responsável. “É necessário um planejamento cuidadoso, com investimentos na infraestrutura e na capacitação dos colaboradores para trabalhar com a tecnologia. Além disso, a utilização de IA também traz preocupações em relação à privacidade e à segurança dos dados, o que exige que as empresas sejam transparentes sobre suas práticas e adotem medidas de proteção”, complementa.
Cada vez mais, os gestores enxergam a Inteligência Artificial como uma ferramenta estratégica para aprimorar suas atividades. A perspectiva é que as novas tecnologias continuem a ganhar espaço nos orçamentos das empresas brasileiras, embora ainda haja um desafio em relação à confiança na capacidade dessa tecnologia em tomar decisões. “A revolução tecnológica já está caminhando a passos largos com aplicativos, softwares e novas ferramentas desenvolvidas diariamente. Por isso, o momento é de deixar o medo para trás e abrir os olhos para receber o que está por vir”, conclui Márcio Viana.