LUIZA SÁ
DA UOL/FOLHAPRESS
A seleção brasileira feminina foi convocada pela primeira vez em 2023 para a penúltima Data Fifa antes da Copa do Mundo. A grande surpresa ficou pela volta de Marta, lesionada desde março do ano passado.
“Marta está pronta na parte física, está fazendo testes e é muito competitiva. Estará pronta nesse quesito. No jogo não está ainda. Seremos cuidadosos para ela sentir o jogo e conseguir jogar bem. Estou feliz. Espero que ela jogue muitos minutos, mas temos que ser espertos porque não estava jogando”, afirmou Pia.
Marta passou por cirurgia depois de sofrer uma lesão no ligamento do joelho atuando pelo Orlando Pride. Ela vem treinando com bola, mas não voltou a jogar.
A SheBelieves Cup acontece entre os dias 13 a 22 de fevereiro. A seleção brasileira estreia diante do Japão, no dia 16 de fevereiro, no Exploria Stadium, em Orlando, às 18h (de Brasília). Em seguida, encara o Canadá, no dia 19, no GEODIS Park, em Nashville, às 20h30 (de Brasília). Na rodada final, o Brasil enfrenta os Estados Unidos, no dia 22, no Toyota Stadium, em Frisco, às 20h30 (de Brasília).
Contratada pela CBF desde julho de 2019, Pia Sudhage falou também sobre ser uma treinadora sueca no Brasil. A seleção masculina segue em busca de um nome e tem estrangeiros como primeira opção.
“Venho da Suécia e lembro três anos e meio atrás. Venho de outra cultura. Claro que você quer a mudança. Se quer outro resultado na Copa, faz mudanças. Acho que os brasileiros aceitaram meu jeito diferente, estranho. No final, só amamos futebol. Se você entende que é diferente e abraça isso… aprendi muito nesse país. Com treinadores, na CBF, com as jogadoras, mas acho que elas também aprenderam de mim. Temos que fazer melhor e gostar que somos diferentes. Sou diferente das brasileiras, mas acho que isso é bom nessa situação”, afirmou.
A técnica também afirmou que não daria conselhos a técnicos estrangeiros que viessem ao Brasil. “Se me perguntar o que eu tentei fazer quando cheguei, falando de treinar, o que comecei foi respeitar a cultura brasileira. Para atingir as jogadoras preciso entender de onde elas vêm. E ao mesmo tempo ser eu mesma. No fim do dia, se estou vindo, é pela mudança e conhecimento. Mas tenho respeito pela história”, disse.