Depois de várias semanas em queda livre (desde novembro do ano passado), o preço da mandioca aparentemente caminha para a estabilização. “Parece que os preços começam a se estabilizar”, disse, nesta segunda-feira (10) o presidente do Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP), Eduardo Pasquini, ao final da reunião semanal da entidade em que foi discutido o mercado da raiz, da farinha e fécula de mandioca.
De acordo com o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), instituição ligada à USP (Universidade de São Paulo), na semana passada, por conta do feriado da Sexta-Feira da Paixão, muitas indústrias reduziram o esmagamento da mandioca, mas, mesmo assim, os preços não caíram na proporção que vinha acontecendo.
Alguns industriais chegaram a informar na reunião que nesta semana manterão os mesmos preços praticados na semana passada na aquisição da matéria-prima. Outros anunciaram até um pequeno reajuste.
Na opinião dos associados do SIMP, a estabilização de preços se faz necessário para não estimular o mandiocultor a sair da atividade em busca de uma cultura que ofereça melhor remuneração.
O preço está se estabilizando em torno de R$ 1,60 o grama de amido, um valor que, na avaliação das indústrias, garante uma boa remuneração ao produtor. Isto porque, a renda da mandioca está em alta, em média entre 550 e 600 gramas na balança hidrostática de 5 quilos. É que a maior parte da raiz que está sendo entregue nas indústrias é de dois ciclos e a estimativa do setor é que ainda há matéria-prima destas lavouras para mais dois meses.