REINALDO SILVA
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É importante individualizar os atendimentos odontológicos a pacientes com deficiência ou necessidades especiais. Ontem (19) foi dia de falar sobre o assunto com dentistas e auxiliares que atuam na rede pública de saúde de todo o Noroeste. A capacitação foi resultado de uma parceria entre a 14ª Regional de Saúde e o Conselho Regional de Odontologia (CRO).
Duas professoras da Universidade Estadual de Londrina (UEL) ministraram as palestras e conduziram os debates, Mariana Emy Nagata e Gabriela Fleury Seixas.
O evento teve como objetivo apontar caminhos para otimizar os serviços odontológicos nas unidades básicas de saúde, chamados de atenção primária.
É comum que pacientes com deficiência visual, auditiva, mental ou motora sejam encaminhados diretamente para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), mas nem sempre é necessário. Há casos passíveis de tratamento na atenção primária.
A coordenadora regional de Saúde Bucal, Priscilla Maestri Lehmkuhl, explicou que individualizar os atendimentos significa analisar caso a caso e direcionar os pacientes para o CEO somente quando a estrutura da UBS não é suficiente. “Isso vai desinflar a atenção secundária.”
O Centro de Especialidades Odontológicas recebe pessoas dos 28 municípios da 14ª Regional de Saúde e dispõe de 120 vagas por mês. A limitação gera fila de espera por tratamentos, em torno de um mês, dependendo da situação. Casos mais graves e que requerem cirurgia bucomaxilofacial são encaminhados para a Santa Casa de Paranavaí.
De acordo com Priscilla Maestri Lehmkuhl, o papel dos dentistas e dos auxiliares que participaram da capacitação de ontem é levar essas informações aos gestores e mostrar que é possível oferecer os serviços adequados ainda na atenção primária, mesmo quando a condição ou a patologia do paciente exige cuidados especiais.