O Ministério da Saúde atualizou hoje (29) o número de casos confirmados de varíola dos macacos no País e informou que, até agora, 21 pessoas estão com a doença. Segundo a pasta, 14 pacientes estão no estado de São Paulo, cinco no Rio de Janeiro, e dois no Rio Grande do Sul. O boletim não informou qual o estado de saúde desses pacientes e em quais cidades eles estão. No último comunicado divulgado pelo ministério, divulgado na sexta-feira (24), o Brasil tinha 17 casos confirmados.
Ainda de acordo com o boletim, outros 23 casos seguem em investigação nos estados do Ceará (4), Rio Grande do Sul (2), Paraná (3), Santa Catarina (2), Espírito Santo (1), Acre (2), Rio Grande do Norte (1), Minas Gerais (2), Goiás (1), Distrito Federal (1), Mato Grosso do Sul (1) e Rio de Janeiro (3). A pasta também informou que está monitorando os casos e rastreando os contatos dos pacientes por meio da Sala de Situação e do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde).
COMO ACONTECE A CONTAMINAÇÃO
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, por abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias próximos e por tempo prolongado.
PREVENÇÃO E SINTOMAS
Para prevenir a infecção, a recomendação é de evitar contato próximo/íntimo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado; evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente; e higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão e/ou álcool gel.
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
A varíola dos macacos pode ser letal, mas o risco é baixo. Existem dois grupos distintos do vírus da doença circulando no mundo, agrupados com base em suas características genéticas: um predominantemente em países da África Central -com taxa de fatalidade de cerca de 10%- e outro circulando na África Ocidental, com taxa bem menor, de 1%.
Complicações podem ocorrer, principalmente infecções bacterianas secundárias da pele ou dos pulmões, que podem evoluir para sepse e morte ou disseminação do vírus para o sistema nervoso central, gerando um quadro de inflamação cerebral grave chamado encefalite, que pode ter sequelas sérias ou levar ao óbito. Além disso, como toda doença viral aguda, a depender do estado imunológico do paciente e das condições e acesso à assistência médica adequada, alguns casos podem levar à morte.
FolhaPress