REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou, no último domingo (3), o primeiro caso de varíola do macaco no Paraná. O paciente de 31 anos é morador de Curitiba, com histórico de viagem para São Paulo entre os dias 16 e 18 de junho. Outros dois suspeitos, de Londrina e Cascavel, estão sendo investigados.
Diante do avanço da doença, a Sesa encaminhou aos municípios o protocolo de atendimento a pessoas com sintomas da infecção Monkeypox virus, com casos já relatados em Portugal, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos.
A chefe da Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Samira Silva, afirmou que não há notificações no Noroeste do Paraná, mesmo assim, todas as equipes estão devidamente orientadas sobre a evolução dos sintomas e os cuidados que devem ser tomados em relação a pacientes que eventualmente contraiam a varíola do macaco.
O período de incubação do vírus é de dois a 17 dias, podendo se estender até 21 dias. Manifestam-se sintomas gripais, como febre, mal-estar e dor de garganta. A elevação da temperatura corporal afeta os nódulos linfáticos, causando dores e íngua.
Consta no material distribuído para os municípios que em seguida vem o período de lesões cutâneas em quatro fases: máculas, pápulas, vesículas e pústulas, que progridem pelas fases de forma simultânea. São mais evidentes nas extremidades, incluindo as plantas dos pés e as palmas das mãos, e mais escassas no tronco.
Após duas a três semanas, as pústulas secam e as crostas caem, deixando a região de pele despigmentada. A partir desse momento, não há mais risco de contágio.
Samira Silva explicou que as taxas de transmissão e letalidade da varíola do macaco são baixas, por isso, a situação é menos preocupante se comparada com a da Covid-19. O vírus é disseminado por via respiratória, através de gotículas, e pelo contato direto com as pústulas, que são bolinhas de pus que se formam na pele.
Nos recentes casos confirmados no Brasil, estuda-se a possibilidade de transmissão por via sexual. “Porém, ainda é preciso mais estudos para comprovação, pois não é uma via usual de transmissão de poxvírus”, diz o ofício enviado pela Sesa aos municípios.