Secretária de Saúde defende atuação conjunta para fortalecer hospitais regionais do Noroeste

REINALDO SILVA
Da Redação

“Nós, gestores públicos de Paranavaí, reconhecemos a legitimidade da demanda por um hospital municipal e compreendemos a preocupação da população com a qualidade do atendimento em saúde. No entanto, é essencial priorizar o pleno funcionamento da estrutura hospitalar já existente na cidade.”

A declaração da secretária de Saúde de Paranavaí, Andréia Vilar, responde a uma indicação feita pelo vereador Waldur Trentini durante a primeira sessão ordinária da Câmara, nesta semana. Na ocasião, ele defendeu a viabilização de um hospital público que atenda exclusivamente os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, a Santa Casa e o Hospital Regional disponibilizam consultas, exames e cirurgias aos pacientes não apenas de Paranavaí, mas de todo o Noroeste do Paraná. No entanto, ambos funcionam de maneira híbrida, com espaços destinados também a conveniados e particulares.

Conforme explicou a secretária, o Hospital Regional (Unidade Morumbi) está equipado de maneira adequada para fazer os atendimentos, porém com a capacidade subutilizada.

“Sabemos que a Santa Casa enfrenta desafios para viabilizar o pleno funcionamento dessa estrutura”, disse. Por isso, a solução passa necessariamente pelo esforço conjunto da Santa Casa, dos governos federal, estadual e municipais e do Consórcio Intermunicipal de Saúde e Serviços (CIS).

Diante disso, Andréia Vilar destacou que a construção de um novo hospital, exclusivo para Paranavaí, não se justifica. Reiterou: “Já há um prédio pronto, com espaço planejado e leitos montados, que podem ser utilizados de maneira mais eficiente”.

REGIONALIZAÇÃO – A secretária de Saúde de Paranavaí apontou outro fator considerado determinante para a melhoria do atendimento hospitalar: a regionalização dos serviços. “Um exemplo é a microrregião de Loanda, que, assim como Paranavaí, possui um hospital filantrópico com capacidade para atender os 12 municípios do Comafen [Consórcio Intermunicipal da Área de Proteção Ambiental Federal do Noroeste do Paraná].”

Esse formato de distribuição dos pacientes tende a dar celeridade aos processos e reduzir as filas de espera por consultas, exames e cirurgias. O tema tem sido amplamente discutido pelas lideranças ligadas à Saúde, inclusive com apoio do secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

“Mais do que pensar em soluções isoladas, por município, o momento exige o fortalecimento da estrutura hospitalar regional, garantindo melhor aproveitamento dos recursos já disponíveis. Temos certeza que esse caminho é o mais viável e eficiente para garantir atendimento de qualidade não apenas para Paranavaí, mas para toda a nossa região”, concluiu Andréia Vilar.