Os ensinamentos financeiros na primeira infância são fundamentais para a criança saber o valor do dinheiro e principalmente como aplicá-lo de forma inteligente.
O professor Cesar Guimarães, Diretor da MMP Materiais Pedagógicos, costuma dizer que a matemática financeira é uma arte, tem muita gente grande que tem dificuldade em entender a relação com o dinheiro. “A gente tende a dizer que as crianças não conseguem entender de finanças, afinal elas não têm experiência com isso, mas, se você nunca começar, a criança nunca vai ter experiência mesmo. Deixar a criança administrar um pouco de dinheiro, vale a pena, mesmo que nas primeiras vezes ela gaste tudo com doces. Separe um valor coerente com a idade dela e deixe ela mesma se desenvolver. (E tenha paciência!)”, sugere Cesar.
O legal é deixar a criança entender que se ela vai querer gastar, o dinheiro precisa vir de algum lugar, e tem algum custo ou esforço. “Veja, esse custo pode ser algo como um valor por semana, se acabou, vai ter que esperar até a semana que vem para ter mais, isso vai ajudar a trabalhar a ansiedade da criança. Ou esse custo pode ser algo mais prático, como um pagamento por lavar uma louça ou varrer a casa”, explica.
Para finalizar, Cesar Guimarães compartilha seis dicas básicas para aplicar a matemática financeira com as crianças:
1 – Tão importante que economizar dinheiro é saber gastar de forma certa. Se a criança souber administrar e fazer escolhas certas no uso do dinheiro ela vai conseguir aproveitar melhor;
2 – Insista em materiais lúdicos, o Kit Matemática Financeira é ótimo para isso;
3 – Tenha uma abertura para falar de dinheiro, sem parecer que está explorando alguém ou que é “selvagemente” capitalista;
4 – Comece pedindo para a criança fazer uma compra, dê um dinheiro para ela e peça que ela mesma vá pegar um sorvete;
5 – Faça um contrato de prestação de serviço com seu(sua) filho(a), recompensando com um pagamento por um serviço de casa, como lavar a louça, varrer a casa, etc;
6 – Tente mudar a frase: ganhar dinheiro para fazer dinheiro, afinal, você não ganha como presente, mas em retribuição a um produto ou serviço prestado.