As vitórias do Corinthians sobre o Fluminense pelo campeonato brasileiro e o Atlético Mineiro pela Copa do Brasil reascenderam a discussão sobre os treinadores que atuam no nosso futebol atualmente, em especial, Vanderlei Luxemburgo.
O termo “ultrapassado” refere-se a algo que foi superado, transposto, antigo, que está fora de moda, antiquado ou obsoleto, porém, no futebol fica difícil simplesmente transpor os conceitos para categorizar treinadores.
Durante muitos anos, tínhamos treinadores principalmente do meio futebolístico oriundos da carreira de jogador e alguns poucos como Claudio Coutinho (in memoriam) e Carlos Alberto Parreira dentre outros vindos da área acadêmica, em especial no período de regime militar.
Atualmente, após principalmente a chegada de Jorge Jesus ao Flamengo, nota-se um crescimento exponencial de treinadores estrangeiros desembarcando no Brasil, uns obtendo sucesso, outros nem tanto.
No caso específico do Luxemburgo, o considero uma das figuras mais importantes do Futebol Brasileiro de todos os tempos, um profundo conhecedor do “status quo” futebolístico, porém penso que já não domina mais os processos como fazia nos anos de glória de Bragantino, Palmeiras, Santos, Cruzeiro dentre outros. O fato de considerar que ele não domina mais os processos não significa que o considere carta fora do baralho ou ultrapassado.
Futebol nunca foi, não é, e nunca será uma ciência exata, por isso não podemos dizer qual perfil de treinador terá sucesso, pois a história mostra que treinadores vitoriosos voltam às suas equipes e não conseguem repetir os resultados. Nos períodos áureos de glória do “professor” tudo no futebol era diferente, em especial, preceitos legais, “Lei Pelé”, que hoje limita muito as ações de dirigentes e treinadores, diferentemente de outras épocas. Até, e principalmente, a relação com a imprensa era diferente.
Luxemburgo em pouco tempo de Corinthians conseguiu ir do inferno ao céu, de uma sequência de insucessos a duas vitórias convincentes e uma classificação épica, se as conquistas ainda não voltaram, pelo menos Luxa conseguiu algo que muitos ainda não conseguiram, fazer a Fiel voltar a sorrir, e se a Fiel volta a sorrir volta a acreditar, acreditando volta a competir. Em tempo, Coudet entende de processos, mas pelo visto não entende de futebol Brasileiro.