IGOR MATEUS – Da Redação
Nas visitas realizadas na tarde desta sexta-feira (21) aos municípios de Loanda e Marilena, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, concedeu entrevista exclusiva ao Diário do Noroeste. O assunto? As três grandes obras para a Região Noroeste que estão sendo debatidas: a duplicação da BR-376, a construção da ponte sobre o Rio Paraná e a capacidade energética da região.
O governador foi claro: a duplicação e a ponte vão sair do papel. “Acompanho com muita atenção junto ao Ministério de Infraestrutura. É um assunto que já evoluiu e tenho certeza de que vai acontecer. Sobre a ponte, assim que o estudo de viabilidade for concluído por parte da Itaipu Binacional, vamos debater qual o melhor traçado. São três pontos que estão sendo analisados no estudo e devemos observar qual será o de menor impacto ambiental e, é claro, aquele que financeiramente seja mais barato”, declarou.
PONTE NO RIO PARANÁ
Na sexta-feira (21), lideranças paranaenses e sul-mato-grossenses estiveram reunidas em Campo Grande (MS) para discutir a construção da ponte sobre o Rio Paraná ligando os dois estados.
A Itaipu financiou o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea), orçado em R$ 3 milhões. O presidente da Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar), Demerval Silvestre, disse que o estudo deve ficar pronto em agosto de 2024 e estima que o custo total para a obra seja de aproximadamente R$ 1 bilhão.
Na perspectiva da Socipar, as autoridades vão buscar, novamente junto à Itaipu, a verba necessária para a construção da ponte.
DUPLICAÇÃO DA BR-376
De acordo com a Socipar, as obras de duplicação da BR-376 e da construção da ponte ligando os dois estados vão proporcionar 130 quilômetros de economia no trajeto até o Porto de Paranaguá.
Isso significa que, além da segurança aos condutores, o desenvolvimento da região será impulsionado com o escoamento das safras agrícolas para o Porto Seco de Maringá e o Porto de Paranaguá.
Na visita a Campo Grande, lideranças de Paranavaí conversaram com o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel. Para ele, a construção da ponte é uma importante obra visando ao desenvolvimento dos dois estados e espera trabalhar em parceria com o governo do Paraná para que a obra saia do papel.
COPEL
O assunto é recorrente. Muitas empresas e grandes indústrias deixaram de se instalar em Paranavaí e em outros municípios do Noroeste pela baixa capacidade energética que existe.
Na noite de quarta-feira (19), por exemplo, um apagão atingiu Paranavaí, deixando aproximadamente 40 mil domicílios sem energia elétrica entre 19h e 20h10. Segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), o problema foi causado por uma falha no disjuntor de um dos setores da subestação local.
Perguntado, Ratinho Junior trouxe dados sobre investimentos. De acordo com ele, a Copel está investindo mais de R$ 2 bilhões para reforçar as subestações.
“Estamos cientes do problema. O Paraná cresceu 7,8% em 2023. O consumo de energia cresceu 10%. Ou seja, temos que correr atrás para amenizar todo esse volume de consumo de energia devido ao crescimento econômico”, explicou.