DA UOL/FOLHAPRESS
Goleiro do Palmeiras e da seleção brasileira -convocado para a Copa do Mundo no Qatar-, Weverton opinou que Abel Ferreira está pronto para assumir a seleção brasileira.
Na opinião do arqueiro, o treinador português tem uma característica especialmente importante para o cargo: entender o ‘lado europeu’ dos jogadores, já que a maior parte dos atletas atua no Velho Continente.
Além disso, Weverton acredita que Abel Ferreira tem várias semelhanças com Tite na maneira de gerir um grupo de jogadores e de potencializar cada um deles.
“Eu acho que o Abel é muito bem preparado para trabalhar, para gerir isso tudo [a seleção]. Hoje, a seleção brasileira é 98% ‘europeia’, com jogadores que atuam na Europa. Ter um treinador que entende esse lado, que sabe trabalhar a questão de um tipo de treinamento mais parecido com o da Europa, facilita muito”, declarou o goleiro em entrevista à “TNT Sports”.
“O Tite sabe extrair o melhor de cada um, dosar treinamento, a melhor forma de treinar com cada um, fazer as coisas no momento certo, acompanhar os jogadores no dia a dia, nos treinamentos. Há um tempo atrás a gente não via isso na seleção. O cara vai atrás, vê jogo, vê treino, liga para ver como está, para interagir, para perguntar da família. Acho que o Abel tem todas essas características também. Se vai assumir, não sei, é algo para depois da Copa, mas ele é super capacitado e está fazendo um grande trabalho no Palmeiras”, acrescentou Weverton.
O goleiro do Palmeiras ainda falou sobre a aposta que fez com Endrick, prometendo um par de tênis para cada gol marcado pelo jovem atacante. Em tom bem humorado, Weverton contou que já parou com os presentes, já que o companheiro está sendo muito eficiente.
“Por isso mesmo [muitos gols do Endrick] já parei por aqui. Falei para ele que foram só os dois. Ele me perguntou se eu daria um par de tênis se ele marcasse contra o Athletico. Eu falei que sim. Óbvio. Primeiro gol. Merecido. Aí, ele fez dois e ficou me cobrando. Eu dei os dois pares de tênis”, disse.
Weverton revelou que a aposta agora é outra e vale para os dois lados: se Endrick fizer um gol ou se o goleiro passar três jogos sem ser vazado, os jogadores doarão uma quantidade pré-determinada de cestas básicas a uma instituição social.
“Aí, eu disse para ele assim: ‘Vamos fazer uma coisa diferente, se você fizer gol, vamos doar cestas básicas. Além de eu ficar feliz com seus gols, vamos fazer a felicidade de outras pessoas. Faça muitos gols para a gente abençoar muitas pessoas'”, acrescentou Weverton.
“Essa é a aposta. Ele já marcou contra o Fortaleza. Tem mais esses dois jogos, o ano que vem, e a gente espera que ele faça muitos gols. Quero pelo menos 30 gols dele no ano que vem. E tem a contrapartida: se eu ficar três jogos sem tomar gol, ele vai doar a mesma quantidade de cestas que eu vou doar a cada gol dele. Vai ser legal. Motivação para os dois e fazer a alegria de outras pessoas”, completou.
Com o Palmeiras campeão brasileiro com três rodadas de antecedência, Weverton comentou a importância dos recordes para o elenco e disse que um deles é especialmente valorizado pelos jogadores e pela comissão técnica – o de não perder fora de casa na competição.
“[A marca das derrotas] não [ouvi ninguém falando no clube], mas a de passar o campeonato sem perder fora, a gente fala. É uma grande marca. É difícil. Deveria ser o contrário. Em casa, às vezes, tem uma vantagem. E, por incrível que pareça, as nossas duas derrotas foram em casa”, declarou.
“Isso mostra a força do Palmeiras – dentro e fora de casa. O Abel sempre pede para jogar sempre para vencer, independente de lugar ou adversário. Estamos perto disso. É um jogo fora. Quem for jogar vai fazer o melhor – sem querer pressionar. Mas esse recorde seria muito bacana”, finalizou.