Em solenidade realizada na manhã desta quarta-feira (18), um comitê gestor formado por cinco entidades promoveu o lançamento oficial da segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná. Idealizada com o objetivo de divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado, a iniciativa traz novidades e vem com a expectativa de bater recordes de produtos inscritos e de queijeiros participantes. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro deste ano e a premiação será realizada em 30 de maio de 2025.
Na cerimônia de lançamento, o comitê gestor – formado por Sistema FAEP, Sebrae-PR, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sindileite e Sistema Fecomércio-PR – apresentou o regulamento da segunda edição. Além disso, representantes das entidades também celebraram a importância do evento para o setor lácteo, dando continuidade a uma série de ações e políticas públicas levadas a cabo desde que o prêmio foi criado.
“As pessoas que tiveram queijos premiados na primeira edição puderam colocar o selo em seu produto, que, com isso, foi reconhecido pelo mercado como queijo de melhor qualidade. Conseguiram, assim, gerar maior valor agregado. Isso significou mais renda para nossos produtores. Também demonstramos ao Brasil e ao mercado internacional que temos queijos de excelente qualidade. É isso que buscamos: uma cadeia inteira qualificada, da matéria-prima até o produto final”, disse o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.
Além de realçar a relevância da primeira edição, o presidente-executivo do Sindileite-PR, Wilson Thiesen, apontou a tradição do Paraná na produção de leite – a primeira indústria de laticínios do Estado acaba de completar 100 anos de fundação – e novos investimentos no setor. Na avaliação dele, ao colocar os queijos paranaenses em destaque, o prêmio contribui para impulsionar a comercialização dos derivados lácteos, inclusive para outros Estados.
“Na primeira edição, jamais imaginávamos a diversidade e o sucesso da iniciativa. Agora, na segunda edição, devemos superar o que foi realizado”, acrescentou. Thiesen.
O presidente do IDR-Paraná, Richard Golba, também ressaltou a tradição do Paraná na produção leiteira, principalmente em pequenas propriedades. Ele lembrou que, no passado, a fabricação de leite se dava de forma artesanal, para consumo próprio das famílias. Todo esse modelo passou por um processo de profissionalização, a ponto de os produtos lácteos conquistarem destaque em âmbito nacional e até internacional.
“Eu me sinto orgulhoso que o queijo familiar, da tradição, saiu da clandestinidade para ganhar um espaço nobre na capital do Paraná. Nós, da extensão rural, sempre estivemos na luta para que o leite e os queijos se transformassem nesses alimentos nobres e tradicionais da nossa agricultura familiar”, disse Golba.
A união das entidades do setor produtivo com o poder público também foi destacada pelos integrantes do comitê gestor do Prêmio Queijos do Paraná. O diretor-superintendente do Sebrae-PR, Vitor Roberto Tioqueta, lembrou que a iniciativa não se resume à premiação, mas que “tem um antes, um durante e um depois”, que abrangem dezenas de ações que serão executadas em conjunto com 37 entidades apoiadoras. O vice-presidente do Sistema Fecomércio-PR, Ari Faria Bittencourt, também celebrou a atuação conjunta de tantas entidades.
Excelência em Muçarela
O Prêmio Queijos do Paraná traz, ainda, uma nova iniciativa: o Concurso Excelência em Muçarela – Edição Pizza. “O Paraná é o maior produtor de muçarela do país. Quase 50% do mix de produtos lácteos do Estado corresponde à muçarela”, justificou Volpi. A disputa será voltada à aplicação desse tipo de queijo na gastronomia, mais especificamente como ingrediente de uma pizza.
Vice-governador do Paraná, Darci Piana destacou: “Quando se une a iniciativa privada e o governo, não tem como errar. O exemplo está aí: essa pujança, esse investimento e essa liderança que a gente tem no Paraná. Precisamos, evidentemente, dar continuidade ao trabalho que foi feito na primeira edição, para que seja possível chegar, cada vez mais, aos demais estados e até a outros países”.
Norberto Ortigara, secretário de Estado da Fazenda pontuou: “O nosso desafio sempre foi destinar nosso leite para o Brasil. Uma forma de fazer isso é transformando nosso leite em queijo e outros derivados lácteos”.
Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Natalino Avance de Souza lembra que “O queijo é um produto essencial na economia do estado e fundamental para a agricultura familiar. Neste momento, estamos dando um salto, que é fruto de muito trabalho. Nisso, o Paraná é diferente. O Paraná é o principal Estado na agricultura, não é à toa. É pela capacidade que demonstrou de fazer isso em união. Mostramos que podemos fazer o melhor queijo do Brasil”.