Uma tentativa de golpe aconteceu a cada 2,8 segundos no Brasil ano passado, totalizando mais de 11,5 milhões ocorrências, um crescimento de 9,4%
Em 2024, o Brasil registrou 11.509.214 tentativas de fraudes, um aumento de 9,4% em relação ao ano anterior. Isso equivale a uma ocorrência a cada 2,8 segundos. Considerando o recorte por faixa etária, embora a maior parte das diligências tenha ocorrido entre brasileiros de 36 a 50 anos (33,4%), o maior aumento foi nas investidas direcionadas aos idosos acima de 60 anos (11,9%).
Os dados são do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, e referem-se a casos evitados por tecnologias capazes de autenticar os usuários. Veja no gráfico abaixo a evolução do acumulado em 2024 e a comparação com o ano anterior.
Segundo o Diretor de Autenticação e Prevenção da Serasa Experian, Caio Rocha, o crescimento dessas investidas reflete a sofisticação dos ataques digitais e a necessidade contínua de aprimoramento das ferramentas de prevenção. “A análise de dados e o uso de tecnologia são essenciais para mitigar esses riscos. Os fraudadores estão cada vez mais ativos e constantemente aprimoram suas táticas, tornando a prevenção um desafio contínuo. Soluções como as desenvolvidas pela datatech, dedicada a aplicar camadas de autenticação, se tornam indispensáveis para antecipar e bloquear ameaças antes que causem prejuízos a consumidores e empresas”.
Inteligência de dispositivos mitiga tentativas de fraude – As mais de 11 milhões de tentativas de fraude foram evitadas por meio de tecnologias de autenticação, como a inteligência de dispositivos, que desempenhou um papel fundamental na identificação de fraudes em 2024, evitando mais de 900 mil golpes. Esse tipo de ocorrência se intensificou ao longo do ano, registrando um crescimento de 31,8%.
Apesar desse avanço tecnológico, a maior parte das tentativas de fraude (58,2%) foi detectada por inconsistências nas informações cadastrais. Essas discrepâncias ocorrem quando os dados fornecidos pelos usuários diferem das informações registradas em bases confiáveis ou oficiais, como CPF, endereço, data de nascimento e histórico financeiro. Muitas vezes, tais irregularidades indicam a criação de identidades falsas, manipulação de dados existentes ou o uso indevido de informações de terceiros.
Além disso, padrões fraudulentos relacionados à autenticidade de documentos e à validação biométrica representaram 33,6% das ocorrências ao longo do ano, reforçando a necessidade de soluções integradas para combater diferentes estratégias utilizadas por fraudadores.
Evite fraudes
• Garanta que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos;
• Desconfie de ofertas de produtos e serviços, como viagens, com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar coletar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;
• Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com comandos para funcionarem sem que o usuário perceba;
• Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;
• Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;
• Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;
• Inclua suas informações pessoais e dados de cartão somente se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;
• Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de fraude.