(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

TECNOLOGIA

Adulteração de áudios e vídeos com uso de IA e o risco para o mundo empresarial

Gustavo Alonge

Ano eleitoral, 2024 mal começou e as pré-campanhas de candidatos para prefeito já apontam para um cenário preocupante: o uso de Inteligência Artificial no marketing digital com a produção de conteúdo adulterado, a chamada deepfake, em que áudios e vídeos são editados e recriados artificialmente com conteúdo mentiroso e difamatório. Nesta semana, a polícia abriu investigações para apurar pelo menos três casos, no Amazonas, Rio Grande do Sul e em Sergipe. Apesar de os casos terem como finalidade a área política, ela também tem sido vista e aplicada no meio empresarial, o que requer atenção e cuidados redobrados.

Nos casos que estão sendo investigados, o eleitor é enganado, acreditando ser o candidato o emissor de mensagens que são artificialmente criadas usando o mesmo timbre, tom e o próprio jeito de falar da pessoa, com um conteúdo que na verdade não foi dito por ela.

É claro que esse tipo de golpe deve se repetir e se intensificar na área política, motivada pelo ano eleitoral. Mas, nas empresas não é diferente. Elas também devem tomar cuidado com esse avanço. Temos visto crescer o número de casos de golpistas que clonam foto, informações e portfólio de uma marca e dão ofertas que não existem, com o único objetivo de atrair consumidores e levarem o dinheiro. Isso tem acontecido com grandes marcas de varejo, empresas de grande alcance e de grande volume de negócios, para que o golpe tenha ainda mais capilaridade.

O golpe que já existe há algum tempo de fato vem sendo sofisticado com o uso de Inteligência Artificial. A tecnologia permite com facilidade que uma mensagem com a voz de um influenciador ou alguém que representa a marca seja encaminhada por WhatsApp para o público, o que pode acarretar não só em prejuízos financeiros para o consumidor enganado, como também em prejuízos numa grande crise de imagem para a marca. Trata-se de um golpe que, infelizmente, ainda não se tem como prevenir ou inibir com total eficácia.

Se, por um lado, não há recursos tecnológicos que evitem a produção de deepfake, por outro, o especialista afirma ter uma forma de conscientizar melhor seu público consumidor, mantendo sempre comunicação próxima com ele.

É fundamental sempre comunicar os clientes e seguidores as campanhas em atividade, bem como sempre orientá-los que façam uso apenas dos canais oficiais da empresa. Isso deve acontecer com empreendimentos de todos os portes e setores, então, é muito importante que cada negócio tenha seu perfil verificado do Facebook, porque quando você compra o verificado do Facebook é preciso mandar documentação, o que se transforma numa espécie de barreira contra esse tipo de golpe. Trabalhar somente com perfis de influenciadores verificados também é importante nessa missão de inibir a criação de conteúdo mentiroso.

Caso a empresa tenha sido vítima de golpe, a ação urgente é investir forte em se comunicar com público e se posicionar o mais breve possível, “reforçando que aquele perfil é fake, que aquela mensagem de áudio ou vídeo não é conteúdo oficial, o que ajuda a minimizar prejuízos”.

Importante frisar que as empresas devem estar sempre com suas redes e sites atualizados e que frequentemente lembre seu público quais são seus canais oficiais, além de reforçar a questão de checar ou de verificar os perfis, de ter perfis simples de acessar, assim como perfis simples de URL também.

Portanto, o investimento nesse tipo de cuidado é fundamental e certamente menor do que depois enfrentar verdadeiras batalhas na Justiça em busca de minimizar prejuízos financeiros e de imagem, que podem de fato causar estragos imensuráveis para a marca.

Compartilhe: