“Elias, sai da gruta! O Senhor vai passar!” O Senhor não estava no impetuoso furacão, nem no terremoto, nem no fogo (1 Rs.19,11-12). Depois do fogo houve o murmúrio de uma Brisa Leve. “Quando Elias o ouviu, cobriu o rosto com o manto” (1 Rs.19,12-13):
O MANTO COMO SÍMBOLO DA REVELAÇÃO E DA EXPERIÊNCIA DE DEUS.
Deus disse a Elias: “Ungirás Eliseu como profeta em teu lugar!” Elias foi e encontrou Eliseu trabalhando no campo com doze juntas de bois. “Passou perto dele e lançou sobre ele o seu manto” (1 Rs;19,19).
O MANTO COMO SÍMBOLO DA TRANSMISSÃO DA MISSÃO.
Elias disse a Eliseu: “Pede o que queres que eu faça por ti!” Eliseu pediu: “Que me seja dada uma dupla porção do teu espírito” (2 Rs.2,13).
O MANTO COMO SÍMBOLO DO DUPLO ESPÍRITO DE ELIAS.
Eliseu apanhou o manto, foi até o Jordão, bateu com ele nas águas do rio dizendo: “Onde está Javé, o Deus de Elias?” No mesmo instante, a exemplo do Mar Vermelho, as águas se dividiram e Eliseu atravessou o rio (2 Rs.2,14)
O MANTO COMO SÍMBOLO DE JAVÉ O DEUS DE ELIAS.
O rei Ocozias mandou mensageiros para consultar o ídolo Baal. Elias interveio e obrigou-os a voltar. O rei perguntou: “Que aparência tinha esse homem?” Disseram: “Era um homem vestido com manto de pelo”. O rei disse: “É Elias!” (2 Rs.1,1-8)
O MANTO COMO SÍMBOLO DE IDENTIFICAÇÃO E DE RECONHECIMENTO.
Os profetas usavam um manto, o manto do profeta (Zc.13,4), tinham uma tonsura própria de profeta, que parecia careca (2 Rs. 2,23), e chegavam a fazer incisões no corpo como marca própria de profeta (Zc.13,6; 1 Rs.18,28).
O MANTO COMO SÍMBOLO DA AÇÃO PROFÉTICA EM FAVOR DA JUSTIÇA.
Os judeus quando rezavam, se cobriam com um manto. Os fariseus chegavam a exagerar neste costume (Mt.23,5). Jesus usou um manto assim para rezar. O manto da oração envolvia a pessoa. Significava que somos envolvidos por Deus que nos acolhe e escuta.
O MANTO COMO SÍMBOLO DA ORAÇÃO E DA PRESENÇA DE DEUS.
Ao pé da cruz, os soldados dividiam entre si as roupas de Jesus. “Mas a túnica era sem costura, tecida como uma só peça, de alto a baixo”. Os soldados tiveram o cuidado de não rasgá-lo e a sortearam entre si (Jo.19,23-24).
O MANTO COMO SÍMBOLO DA UNIDADE DA IGREJA.
São Paulo diz que devemos revestir-nos de Jesus Cristo. Devemos tirar de dentro de nós a vida antiga e começar a viver uma vida nova. Revestir a veste nova e deixar a veste antiga (Col.3,10.12; Rm.13,14; Ef.4,24).
O MANTO COMO SÍMBOLO DO SEGUIMENTO DE JESUS E DA CONVERSÃO QUE JESUS PEDE.
Paulo diz também que devemos revestir a armadura da luz, a armadura de Deus, para que possamos estar firmes na luta que nos é proposta (Ef.6,11; Rm.13,12; Tes.5,8).
O MANTO COMO SÍMBOLO DA LUTA QUE O EVANGELHO PEDE DE NÓS.
Os primeiros Carmelitas no Monte Carmelo tinham abandonado o serviço ao senhor feudal e se dedicavam ao serviço da Senhora do Lugar. Como sinal da nova pertença usavam um avental pelo qual eram reconhecidos como carmelitas, irmãos de Nossa Senhora do Monte Carmelo.
O MANTO COMO SÍMBOLO DE PERTENÇA E DE SERVIÇO.
Este sinal de serviço e de pertença tornou-se o ESCAPULÁRIO DO CARMO, sinal e expressão da vida que vivemos no Carmelo. Sinal de proteção da parte de Maria e de compromisso de imitação da nossa parte.
O MANTO COMO SÍMBOLO DE PROTEÇÃO E DE IMITAÇÃO DE MARIA.
No dia em que entramos na Família Carmelitana e com ela nos comprometemos, recebemos o hábito do Carmo. É a veste que nos identifica e que expressa o compromisso que assumimos.
O MANTO COMO SÍMBOLO DO NOSSO COMPROMISSO, QUE TEM UM PREÇO.