REINALDO SILVA
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O Boletim da Dengue divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostra o salto no número de casos positivos na Região Noroeste ao longo das últimas semanas. No dia 4 de janeiro, os municípios somavam 57 confirmações da doença, passando para 84 no dia 25. O crescimento é de 47,36%. Considera-se o período epidemiológico que começou no dia 1º de agosto de 2021.
Os dados da Sesa são atualizados semanalmente e têm como base as informações repassadas pelas secretarias municipais de Saúde. Considerando o avanço diário da doença em cada localidade e a periodicidade de alimentação do sistema, pode haver alguma defasagem.
Para comparar: no dia 25 de janeiro, o boletim estadual indicava 58 diagnósticos positivos de dengue em Paranavaí; um dia depois, constavam no levantamento da Secretaria Municipal de Saúde 66 casos.
Independentemente das divergências, a preocupação cresce junto com o número de confirmações. O chefe da Vigilância em Saúde da 14ª Regional de Saúde, Walter Sordi Junior, alertou que estão em ascensão, por isso é necessário adotar medidas para conter a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor.
Uma das apostas é a campanha “Aqui o mosquito não entra”, organizada pelas equipes do Sesc em Paranavaí e Nova Londrina em parceria com a 14ª Regional de Saúde. O objetivo é envolver toda a população em ações de conscientização e combate à dengue, através de uma competição. Individualmente ou em grupo, é possível registrar a eliminação de focos do Aedes aegypti e somar pontos, com premiação para os mais bem colocados.
Na primeira edição da campanha, em 2021, 3.128 paranaenses, de 249 municípios, se engajaram e eliminaram 108.551 focos e criadouros do mosquito.
Competição – Todos os municípios do Estado podem participar e contar com o apoio de secretariais, instituições de ensino, empresas e comunidade local. Basta baixar gratuitamente o aplicativo Sesc PR nas lojas App Store e Play Store. Depois de abrir o ícone, é só habilitar a opção “Contra a Dengue”, fazer a inscrição do usuário e registrar a participação.
Neste ano, além da categoria individual é possível inscrever esquipes, inclusive instituições de ensino cadastradas no Ministério da Educação (MEC).
Não há custo nem limite de idade para participar, afinal, a ideia é envolver toda a população na campanha, juntar forças para deixar o Paraná livre do mosquito transmissor da dengue, da febre amarela, da chikungunya e do zikavírus.
O site do Sesc PR (www.sescpr.com.br/contradengue) tem informações adicionais sobre a ação, que foi lançada oficialmente ontem. A previsão é terminar no dia 30 de abril.
Paraná – Desde 1º de agosto do ano passado até a semana passada, a Sesa contabilizou 15.907 casos suspeitos de dengue no Paraná. Desse total, 722 foram confirmados, sendo que 17 evoluíram para sintomas severos. Até o último boletim, não houve registro de mortes provocadas pela doença no Estado.
Conforme os dados estaduais, foram 21 notificações de suspeitas de zikavírus, mas nenhuma análise apontou resultado positivo. No caso da febre chikungunya, o Paraná teve 90 atendimentos de pessoas com prováveis sintomas; apenas seis positivaram.
Cuidados – Para completar o ciclo reprodutivo, o Aedes aegypti requer algumas condições específicas: água parada e temperaturas elevadas. Significa que objetos descartados de maneira irregular podem se tornar criadouros do mosquito, o que também vale para calhas, caixas d’água sem vedação correta, bebedouros de animais e vasos de plantas. A orientação é que os moradores mantenham os quintais sempre limpos e deem a destinação correta para os resíduos sólidos.