REINALDO SILVA
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A duplicação da BR-376, no trecho que vai de Paranavaí até a divisa com Mato Grosso do Sul, voltou a ser tema de conversa, desta vez com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Walton Alencar Rodrigues, relator do processo das novas concessões de pedágio no Paraná.
Em reunião online, lideranças pediram apoio para reivindicar junto ao Ministério da Infraestrutura a recontagem dos veículos que trafegam pelo Paraná, apontando especificamente a Região Noroeste. Segundo a Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar), os números oficiais estão defasados e precisam de atualização.
Durante a conversa com o ministro do TCU, foram apresentados dados que sustentam o argumento. Em fevereiro deste ano, uma empresa registrou o fluxo de veículos entre Paranavaí e Nova Londrina e chegou a constatar mais de 23 mil eixos em um dia. O número está acima da contagem de 2019, menos de 12 mil.
O presidente da Socipar, Demerval Silvestre, informou que o assunto será levado ao Ministério da Infraestrutura ainda este mês. A reunião presencial está agendada para o dia 27, em Brasília. Deverão participar representantes da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).
A movimentação da Socipar é uma tentativa de garantir que não haja uma nova praça de pedágio no Noroeste do Paraná, prevista para Guairaçá, sem investimento na duplicação da BR-376.
As concessões rodoviárias terminaram em novembro do ano passado. Desde então, as cancelas de 27 praças de pedágios estão liberadas, sem a cobrança de tarifa. A previsão é que os novos contratos sejam firmados até o final deste ano, com a perspectiva de novos valores e a instalação de mais postos.
A reunião de ontem contou com a presença do deputado federal Ricardo Barros, do diretor da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) João Arthur Mohr e de representantes da Socipar.