REINALDO SILVA
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A partir desta terça-feira (6), agentes comunitários de saúde unem forças às equipes de combate a endemias para acelerar os mutirões de limpeza nos bairros de Paranavaí, uma tentativa de conter o avanço da dengue. A situação de epidemia levou o município ao estado de alerta e requer medidas efetivas de controle da doença.
Os mais de 200 servidores atuarão nos bairros com maiores índices de circulação viral e de infestação do Aedes aegypti. É o caso do Jardim São Jorge e dos conjuntos habitacionais Luiz Lorenzetti e Geraldo Felipe. Na sequência serão contemplados os jardins Vista Alegre e Santos Dumont, a Vila Operária e o Jardim Ouro Branco.
Até agora os mutirões de limpeza aconteciam aos sábados – só nos dois últimos finais de semana, foram recolhidos 30 caminhões de lixo.
Além de tentar reduzir os números da doença, a mudança de estratégia é necessária para que Paranavaí consiga a liberação para aplicar o inseticida utilizando veículos com bombas de ultra baixo volume (UBV). A autorização parte da 14ª Regional de Saúde e depende do cumprimento de uma série de requisitos, dentre os quais, os mutirões de limpeza.
O assessor da Vigilância em Combate a Endemias Tiago Dias de Almeida informou que outra exigência é instalar armadilhas do tipo ovitrampas, que simulam o ambiente ideal para a procriação do Aedes aegypti. As fêmeas depositam os ovos em uma palheta de madeira, depois são coletados para análises laboratoriais que constatam ou descartam a presença viral. Esse trabalho também começa hoje no Jardim São Jorge.
Fiscalização – Os agentes de combate a endemias visitam imóveis diariamente, orientam os moradores e verificam se há focos do mosquito transmissor da dengue – em caso afirmativo, fazem a eliminação mecânica.
Os números da Vigilância em Saúde indicam 152 denúncias de residências e empresas com criadouros do Aedes aegypti. Desse total, 47 são consideradas situações resolvidas e 14 aguardam retorno dos proprietários.
As equipes de combate a endemias também aplicaram 12 notificações, mas ainda não foi necessário efetivar multas, pois, segundo a secretária municipal de Saúde, Adréia Vilar, os munícipes estão respondendo de forma positiva às orientações.
Lira – No primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Lira) de 2024, feito em janeiro, Paranavaí alcançou a média de infestação de 4,6%, número considerado de alto risco. Abaixo de 1%, a classificação é de baixo risco; de 1% a 3,9%, médio risco.
Dividindo os setores do perímetro urbano, a situação mais grave foi identificada no Luiz Lorenzetti (13,64%), no Geraldo Felipe (12,12%) e no São Jorge (9,52%). A lista segue com Vista Alegre (7,14%), Vila Operária (6,55%), Santos Dumont (4,94%), Silvio Vidal (4,72%) e Ouro Branco (4,37%).
O Boletim da Dengue divulgado na semana passada pela Prefeitura de Paranavaí apontou mais de 1.200 casos positivos da doença desde 1º de agosto de 2023, da de início do ciclo epidemiológico.
