O sorriso exerce grande influência na autoestima e em diversos aspectos da vida de um indivíduo. Além da estética, está diretamente ligado à saúde e ao bem-estar, contribuindo para as relações interpessoais e até profissionais. Dessa forma, dentes alinhados e não amarelados podem ser um desejo e objetivo para a maioria.
A cor dos dentes depende dos tecidos que os envolvem, o esmalte e a dentina, que desempenham funções como dureza, resiliência e sensibilidade. Existem dois principais tipos de descoloração dentária, a intrínseca – provocada por um desenvolvimento anormal ou manchas no esmalte ou dentina durante o desenvolvimento intrauterino – e a extrínseca, resultante da ingestão de alimentos pigmentados, tabagismo, falta de higiene bucal e uso prolongado de enxaguatórios à base de clorexidina.
“Essa mudança tem sido associada a bebidas pigmentadas como café, chás, vinho, drinks à base de cola e açaí, por exemplo. Vale ressaltar para os indivíduos consumidores, que a frequência do consumo e a coloração dentária própria do dente do indivíduo influenciam na piora ou não da coloração alterada dos dentes”, explica a professora do curso de Odontologia da UNINASSAU Olinda Gabriela Brito.
O tabagismo é um fator que influencia diretamente no esmalte do dente, ocasionando manchas ou linhas escurecidas ao redor e na região por trás deles. O grau das manchas da pessoa tabagista está diretamente relacionado à frequência e duração do uso da substância. Já o uso de alguns medicamentos para o tratamento de infecção bacteriana, osteoporose, doenças obstrutivas das vias aéreas, entre outros, estão indiretamente associados à descoloração dos dentes.
“As manchas dentárias podem ser amareladas, acastanhadas, escurecidas ou esbranquiçadas. Isso dependerá da causa – sejam elas erros de desenvolvimento no esmalte ou na dentina, ou sejam agentes externos. O tratamento deve ser realizado pelo cirurgião-dentista, pois dependendo da causa e gravidade, podem requerer profilaxia e raspagem dental, clareamento, microabrasão ou restauração estética. Em crianças, esses defeitos na estrutura do esmalte ou dentina podem estar relacionados à sensibilidade dentária, fragilidade dos dentes e dificuldade de mastigação”, explica.
Gabriela Brito alerta que as pessoas não devem, de forma alguma, tratar esse quadro sozinhas e nem utilizar substâncias que prometem o clareamento como géis caseiros vendidos no mercado. “Esses produtos podem causar danos irreversíveis às estruturas dentárias, comprometendo o estado vital do dente, além de potencialmente causar queimaduras e outros danos físicos à mucosa bucal, gengiva e tecidos da boca. É fundamental que o indivíduo que identificar algum problema bucal, ou seja, usuário de quaisquer medicações relacionadas, busque o acompanhamento regular ao médico e do cirurgião-dentista”, orienta.