ADÃO RIBEIRO
Da Redação
Ex-prefeito de Paranavaí (gestões 2009/2016), Rogério Lorenzetti tem agora um novo desafio: ser superintendente regional do Governo paranaense. Denominada Superintendência Geral de Promoção de Equilíbrio Regional, criada pelo governador Ratinho Júnior, através da lei 11381, de 17 de março deste ano, com objetivo de expandir a presença do Estado em todas as cidades. Portanto Lorezentti será o “olho” do governador sobre a população.
O agora superintendente recebeu a reportagem do Diário do Noroeste nesta semana. Acompanhado de lideranças que integram a Casa Civil no interior, Lorenzetti destacou que a sua função é ouvir a população e suas lideranças, levando para cada secretaria as demandas constatadas. “Um braço do Governo fora de Curitiba”, resumiu.
Para exercer o cargo, o gestor diz que ainda está montando a estrutura. O objetivo é ter uma sede e uma equipe para o exercício das atividades.
Sobre o convite para o cargo, Lorenzetti avalia que se deve ao trabalho que fez como prefeito e que o governador viu qualidades e o “convocou” para a tarefa.
Ele lembra que a ação do superintendente é olhar para a região, mas também para todo o Estado. São oito superintendências, o que amplia a visão governamental para onde as pessoas vivem.
Conforme a lei que criou a superintendência, dentre as atribuições estão a promoção da elaboração de projetos e da formulação de políticas públicas específicas de atenção prioritária a regiões do Estado de alta vulnerabilidade integradas por municípios com baixos indicadores econômicos, sociais, de educação, saúde, segurança, desenvolvimento sustentável, cultural e outros, em articulação com as esferas e instâncias que se façam necessárias.
Também constam as parcerias para aceleração do desenvolvimento econômico e social. A articulação com o cidadão, a sociedade civil organizada e o setor produtivo, entre outras atribuições.
Número de vereadores – Advertindo que fala como agente político e não como superintendente, Lorenzetti emitiu opiniões sobre o cenário local. Em relação ao aumento do número de cadeiras na Câmara de Vereadores de Paranavaí, cujo projeto está em tramitação, o ex-prefeito se diz favorável.
Ele explica que vivenciou a dificuldade de uma câmara “enxuta” quando prefeito. Vereadores participavam de mais de uma comissão. Sem contar que a representatividade fica comprometida, avalia.
O número reduzido também fez com que, em determinado momento, tivesse apenas um vereador afinado com o Executivo. Admite que pode ser debatido salário e orçamento para manter os custos dentro da normalidade. Pelos limites constitucionais, a Câmara pode investir até 7% do orçamento municipal. Hoje está bem abaixo.
A Câmara tem 10 vereadores e a proposta que tramita eleva para 15 parlamentares. Já aprovada em primeira discussão, a iniciativa enfrenta forte resistência da sociedade organizada. A principal vem da Aciap – Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí, que tem um movimento pela manutenção do número atual de cadeiras.
Eleição para prefeito – No ano que vem haverá eleição municipal, quando serão eleitos novos vereadores e o prefeito de Paranavaí. Lorenzetti antecipa que não será candidato. Mas defende a candidatura do agroindustrial Mauricio Gehlen. Pondera que a eventual candidatura depende da aceitação por parte do empresário do setor de fécula de mandioca.
Gehlen declarou em entrevista ao DN no final do ano passado que tem o objetivo de disputar a Prefeitura. Mas não colocou prazo. Porém tem afirmado que é pré-candidato para o pleito de 2024. Gehlen é filiado ao PV, no entanto está de mudança. O destino vai depender de novas conversações, sempre a partir da liderança do governador Ratinho Júnior. O PSD é o caminho natural, passando por conversas locais sobre a liderança da sigla.
A entrevista de Lorenzetti foi concedida na última terça-feira e também estavam presentes os representantes da Casa Civil no Noroeste: Eduardo Casagrande, Márcio Gonçalves, Cleverson Alvarenga.